(da Redação)
Apesar das campanhas de conscientização por ativistas de direitos animais, centenas de cães ainda morrem todos os anos após terem sido deixados dentro de carros fechados em dias quentes. Cães explorados em trabalhos não são exceções, e a exaustão pelo calor tirou a vida de pelo menos 12 cães da polícia nos Estados Unidos só neste ano. As informações são do MintPress News.
Um representante da ONG People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) disse ao jornal que as temperaturas dentro de um carro elevam-se mais rápido que muitas pessoas possam perceber:
“Em um dia de temperatura a 25º Celsius, a temperatura dentro de um carro estacionado pode ir para algo entre 37º e 50º em questão de minutos, e se a temperatura externa for de 32º em determinado dia, a temperatura no interior pode alcançar até 71º em menos de 10 minutos”.
O PETA usou cartas e cartazes para educar policiais sobre os riscos da morte pelo calor em veículos estacionados e para encorajar as agências a instalar alarmes de temperatura em todos os carros da corporação que transportam cães. No entanto, isso não seria totalmente seguro, pois diversas instituições usam esses dispositivos, porém os alarmes muitas vezes falham.
A lista a seguir fala de cães da polícia que morreram por esse motivo, e é baseada em informações do PETA e da Officer Down Memorial Page:
Baltimore – Kojack e Dingo morreram de exaustão por calor enquanto eram usados pelo Maryland Department of Corrections. Eles estavam trabalhando com policiais que fechavam um centro de detenção, mas o ar condicionado falhou no veículo em que foram deixados enquanto o seu manipulador realizava outras tarefas. A temperatura externa era de 28º no dia em que eles morreram.
Condado de Brown, Wisconsin – Wix morreu quando tanto o ar condicionado quando o alarme de temperatura do carro em que estava falharam, durante um trabalho no PGA Tour.
Conyers, Georgia – Apesar de Zane ter sido deixado em um carro com alarme de temperatura, o mesmo estava programado para ser desativado junto com a ignição. Ele foi inadvertidamente esquecido dentro do veículo por no mínimo sete horas após o responsável por ele ter ido para casa, pois não se sentia bem.
Gulf Shores, Alabama – Mason não era usado em tarefas regulares da polícia, mas em “engajamento comunitário”, o que resultou no fato dele ter sido deixado em um veículo que não estava apropriadamente equipado para transporte de cães policiais. Mason morreu após ter ficado no banco traseiro de um carro de patrulha enquanto o responsável transitava entre as suas atividades.
Hialeah, Florida – Jimmy e Hector foram acidentalmente deixados em um carro de patrulha por nove horas quando o seu responsável foi chamado para se juntar a uma missão de emergência de uma unidade vizinha.
Condado de Jim Wells, Texas – Após três anos de serviço em um departamento, Jola morreu quando foi acidentalmente deixada em um carro no escorchante calor do verão no Texas. Ela foi originalmente comprada através de um confisco de patrimônios de narcóticos.
Little Rock, Arkansas – Diferente de outros cães desta lista, Titus não foi deixado em um carro de patrulha nos eventos que levaram à sua morte. Após ter ajudado na apreensão de um suspeito, ele começou a exibir sintomas de exaustão por calor e morreu logo depois, em um hospital veterinário.
Muldrow, Oklahoma – Zeke morreu de exaustão por calor depois que o ar condicionado falhou no carro em que estava. Seu manipulador voltou após 90 minutos em que havia se afastado para encontrar a unidade de ar condicionado enviando ar quente e o cão já sem vida.
Savannah State University, Georgia – Baston, um veterano de cinco anos, morreu após ter sido deixado por mais de três horas em um veículo da polícia enquanto as temperaturas externas chegavam a 35º.
Stockton, California – Nitro morreu pelo fato do ar condicionado e do alarme de temperatura terem falhado no carro em que estava, pouco tempo depois de ter ajudado a apreender uma pessoa. As temperaturas externas alcançavam os 41º no dia de sua morte.
De acordo com o PETA, pelo menos 20 cães policiais morreram de exaustão por calor entre os anos de 2012 e 2014. Funcionários da ONG disseram ao MintPress que essa é uma dolorosa e terrível morte para um cão, frequentemente deixando uma cena perturbadora a ser encontrada pelos tutores ou manipuladores:
“Na Georgia (em 2012), a cachorra Sasha morreu após o seu manipulador tê-la deixado dentro de um carro durante um final de semana. Sasha arranhou partes dos assentos, mordeu os cintos de segurança e arrancou o espelho retrovisor, em uma tentativa desesperada de escapar do veículo”.
Daphna Nachminovitch, vice-presidente sênior do PETA e responsável por investigações de crueldade contra animais, disse que essas traumáticas mortes caninas também têm um “impacto inegável” em seus manipuladores e nas agências onde os animais eram empregados.
Nota da Redação: A posição da ANDA é completamente contrária a qualquer tipo de exploração animal. Por isso, atividades onde animais sejam obrigados a atuar involuntariamente correndo risco de vida constante, como é o caso de cães policiais, são inadmissíveis. Os animais merecem total liberdade.