Por Fátima Chuecco (da Redação)
Ativismo, Povos e Lugares, Consumo, Energia, Água e Mudanças Climáticas são alguns dos temas da 1ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, que acontece entre 15 e 22 de março com entrada franca, no Cine Livraria Cultura, Cine Sabesp e MIS. São mais de 40 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, ficção e documentário.
Alguns dos filmes são inéditos no Brasil, como o indicado ao Oscar 2012 “If a tree falls: a story of the earth liberatin front” (Se uma árvore cai: Uma história da Frente de Libertação da Terra – ELF), de Marshall Curry e Sam Cullman, que narra a trajetória do ativista Daniel McGowan, da ELF, preso em 2006 sob acusação de ecoterrorismo. A Organização, em seu site, diz que muitos terroristas usam o nome da ELF sem pertencerem ao grupo e é por isso que alguns de seus ativistas estão presos.
Gowan cumpre pena de sete anos em Indiana desde 2007 e em 2011, quando entrevistado na prisão, disse que só gostaria de ver o filme em casa, onde poderia absorver melhor as imagens sobre sua vida. Disse também que não sabe se o filme conseguiu passar o quanto ele é brincalhão com as crianças e animais, focando o tema apenas nas lutas ambientais.
Outros filmes da Mostra são o premiadíssimo There once was an island (sobre como uma pequena comunidade no Pacífico lida com mudanças climáticas, dirigido por Briar March) e Food Inc. (sobre a indústria alimentícia norte-americana, dirigido por Robert Kenner). A programação conta ainda com À margem do Xingu: vozes não consideradas, de Damià Puig, sobre a polêmica de Belo Monte, Sertão progresso, de Cristian Cancino, que aborda a problemática transposição do Rio São Francisco, e Waking the green tiger, de Gary Marcuse, sobre o movimento contra a construção de barragens na China que desalojariam mais de 100 mil pessoas. Marcuse e March participarão de debates com o público.
No panorama histórico estão programados alguns clássicos da cinematografia brasileira, como Iracema, uma transa amazônica (dirigido por Jorge Bodanzky e Orlando Senna), o multipremiado curta de Jorge Furtado, Ilha das Flores, e Brasília, Contradição de uma cidade nova, de Joaquim Pedro de Andrade, filme de 1967, além de obras internacionais como Os Catadores e Eu, de Agnés Varda. Além da Mostra Histórica haverá uma Mostra Infantil. A programação completa pode ser acessada nolink http://focojornalistico.com.br/conteudo_aberto.php?conteudo=1051
Quem faz
A Ecofalante nasceu em 2003, da ação de um grupo de educadores, comunicadores, cineastas e profissionais de diversas áreas do conhecimento científico voltados para questões culturais e sócio-ambientais e para a utilização das novas e disponíveis tecnologias que contribuam para o desenvolvimento sustentável, a preservação e a recuperação do meio ambiente. A Mostra foi possível com o patrocínio da AES Eletropaulo, Instituto Votorantim e White Martins e recebe o incentivo do ProAC (Programa de Ação Cultural) e Secretaria de Estado da Cultura.
Serviço
1ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental
De 15 a 22 de março
Cine Livraria Cultura – Av Paulista 2073
Cine Sabesp – Rua Fradique Coutinho, 361
MIS – Av. Europa, 158
Entrada Franca