Depois de duas semanas do incêndio em um armazém de açúcar em Santa Adélia (SP), o melaço produzido durante o acidente ainda mobiliza autoridades na região noroeste paulista. Polícia Ambiental e Cetesb divulgaram nesta sexta-feira (08) que já foram retirados mais de 16 toneladas de peixes que agonizavam na água sem oxigênio. Os cardumes foram levados para outro ponto do rio, onde a qualidade da água é melhor.
Funcionários da Cetesb continuam avaliando a qualidade do rio São Domingos e também do rio Turvo, que acabaram sendo atingidos pelo caramelo que se formou com o açúcar derretido. Em alguns pontos dos rios, o oxigênio da água chegou a estar em 0% e, com isso, toneladas de peixes acabaram morrendo.
Segundo a Polícia Ambiental, foi priorizado o resgate dos peixes considerados “nobres”, como dourados, piaparas e corimbatás e as medições de oxigênio na água realizadas diariamente evidenciam diminuição na velocidade de avanço do melado.
O incêndio que começou na sexta-feira (25) só foi extinto por completo na tarde da quarta-feira (30). Cerca de 30 mil toneladas de açúcar foram queimados no acidente e, segundo a Cetesb, 200 toneladas de caramelo acabaram vazando do armazém. Casas foram interditadas depois que uma rua próxima foi tomada pelo melaço.
Em nota, a empresa responsável pelo barracão disse que foram interditadas e desocupadas seis residências, das quais quatro por precaução e duas por seus quintais terem sido parcialmente atingidos pelo material. A empresa diz que nenhuma residência foi internamente afetada e a liberação dos imóveis deverá ocorrer brevemente, com o retorno dos moradores, que continuam acomodados em um hotel da cidade desde o evento.
Fonte: G1