Por Vinicius Siqueira (da Redação)

Após uma série de denúncias contra o quadro humorístico em que um cão alça voo preso em balões e ao programa “Cante se Puder”, O Ministério Público de São Paulo exigiu esclarecimentos necessários à emissora em relação ao uso de animais em suas gravações.

O quadro de câmeras escondidas do SBT que, na ocasião, contava com o ator Ivo Holanda interpretando um palhaço com um “cão falante” que, em um dado momento da pegadinha começa a flutuar levado pelos balões, foi denunciado por maus-tratos juntamente com o “Cante se Puder”, programa musical onde os participantes precisam cantar enquanto passam por gincanas, que explorou animais vivo e mortos em duas edições.

De acordo com matéria publicada na ANDA, a emissora poderia responder por maus-tratos de acordo com o artigo 32 da Lei 9.605/1998.

Segundo o ofício de esclarecimento, o programa “Cante se Puder” não está mais na programação da emissora e o cão utilizado na pegadinha não chegava a alçar voo. No lugar dele, um dublê (cão de pelúcia) era utilizado.

Este caso demonstra que as denúncias têm seu valor efetivo e que medidas são tomadas para averiguar aquilo que é denunciado. Esta é, então, uma das armas que qualquer cidadão pode utilizar e que, por meio de todos os meios de comunicação que temos disponíveis, é uma maneira da sociedade civil se organizar e colocar suas pautas em foco.

Portanto, juntamente com ações que visam a abolição do uso de qualquer animal para qualquer forma de exploração, a realização de denúncias também é uma maneira eficiente de protesto e de utilização das leis já vigentes para a proteção dos animais.