A Polícia Civil de Tapauá, município a 449 km de Manaus, investiga uma matança de botos em uma comunidade rural da cidade. Aproximadamente 20 botos da espécie tucuxi foram encontrados esquartejados em uma embarcação na noite do dia 20 de junho. Um mandado de busca e apreensão foi expedido e policiais fazem diligências para encontrar o barco.
O flagra foi feito pelo prefeito de Tapauá, Almino Albuquerque, quando voltava com uma comitiva de uma atividade administrativa. Ao G1, ele afirmou que suspeitaram de um barco ancorado. “Os suspeitos estavam próximos a um local e com a luz do barco acesa. Quando nos aproximamos, eles apagaram a luz. Chegando lá, encontramos só os botos. Os donos do barco haviam fugido”, afirmou o prefeito.
Ainda segundo Almino Albuquerque, a equipe da prefeitura voltou à sede de Tapauá para realizar a ocorrência policial. Ao voltar ao local do flagrante, não encontraram mais a embarcação. O barco é de Manaus e, para voltar à capital, tem que passar pela frente do município. Diante disso, policiais montaram guarda em frente à sede da cidade.
A suspeita da polícia é que o barco tenha sido escondido em um dos lagos próximos a comunidades rurais da região. O chefe de polícia de Tapauá, Mário Lima, disse que equipes realizam buscas para cumprir mandado de busca e apreensão do barco expedido pelo juiz de direito da Comarca de Tapauá, Adonaid Abrantes de Souza Tavares. O chefe de polícia informou ainda que o proprietário da embarcação prestou depoimento à polícia, mas ele não foi preso porque já havia passado o tempo de flagrante.
“Não tinha como trazer o barco no momento do flagrante porque nosso efetivo é muito pequeno. Era perigoso deixar alguém lá na embarcação. Então, foi dada voz de prisão e os documentos do dono do barco foram apreendidos. Infelizmente, recebemos muitas denúncias de pesca de botos na região de Tapauá”, disse o chefe de polícia Mário Lima.
Até a manhã desta sexta-feira (4), o Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas e o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) não haviam recebido denúncia do crime.