(da Redação)
A proibição inclui números circenses, passeios, feiras, desfiles, corridas ou eventos similares, onde os animais selvagens ou exóticos sejam “obrigados a executar truques, lutar ou participar de performances para o entretenimento ou diversão de uma audiência”.
A lista de animais abrange mais de uma dezena de espécies, incluindo algumas óbvias como os elefantes, chimpanzés e ursos, mas também se estende a outras espécies como os guaxinins, tatus, bichos-preguiça e avestruzes.
No entanto, a votação final não ocorreu sem controvérsias e fortes argumentos de ambos os lados. Segundo a reportagem, houve tumulto em reunião realizada para discutir o assunto e a confusão teve que ser interrompida pelo prefeito.
Os defensores dos animais argumentam que há uma série de razões para apoiar a proibição do uso de animais para entretenimento humano, desde as condições antinaturais e estressantes que enfrentam até a violência à qual eles estão sujeitos nos bastidores ao serem manuseados e treinados para executar as performances.
Em uma carta de apoio, Jan Creamer, presidente da Animal Defenders International (ADI), parabenizou o movimento e detalhou inúmeras razões pelas quais os animais não devem ser explorados para entretenimento, incluindo extensa pesquisa documentando abusos notórios, como também os ambientes precários em que são mantidos e os efeitos adversos do transporte e do isolamento.
Mesmo com estas exceções, a decisão da cidade é uma grande vitória para os animais que continuam sendo tratados como atração e explorados para diversão humana, e torna-se um exemplo a ser seguido por outras cidades.
Desde que a cidade de West Hollywood aprovou uma resolução em 1989 declarando-se ser uma “zona livre de crueldade para animais”, a mesma já adotou uma série de medidas para fazer dessa expressão uma realidade, dentre elas: a nomenclatura de “tutores” para os guardiões de animais domésticos (e não “proprietários”); a promulgação de leis que protegem animais de testes na indústria de cosméticos; a proibição de armadilhas de caça; também a proibição de retirada de garras de felinos (tornando-se inclusive a primeira cidade dos EUA a adotar essa medida); a proibição de venda de animais em lojas; e, prestes a entrar em vigor, a proibição ao uso de peles em vestuário.