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Petição contra fazendas de reprodução em massa de cães tem 100 mil assinaturas

1 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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(da Redação)

Enjaulados: Algumas fazendas têm centenas de fêmeas reprodutoras exploradas para procriação de filhotes que serão vendidos. Foto: Daily Mail
Enjaulados: Fazendas clandestinas têm centenas de fêmeas reprodutoras para procriar filhotes que serão vendidos. (Foto: Daily Mail)

A prática cruel das fábricas de filhotes está para ser debatida por parlamentares britânicos após mais de 100 mil pessoas terem assinado uma petição pela proibição dos locais de reprodução em massa. As informações são do Mail On Line.

Milhares de cães nascem em fazendas clandestinas a cada ano, de acordo com ativistas, mas as reais estatísticas de reprodutores – que é uma prática ilegal – são difíceis de se obter, devido ao sigilo que ronda este comércio.

A RSPCA afirmou que está crescendo o número das chamadas fazendas de reprodução em massa (“battery farms”), guiadas por lucros vindos da venda de alto volume de cães a preço “de atacado”.

Filhotes de cães e gatos são frequentemente tirados de suas mães poucos dias após terem nascido e são transportados por todo o país para serem vendidos em regiões populares.

De acordo com especialistas, um abrigo com 200 fêmeas pode produzir 4 mil filhotes por ano, com as crias sendo vendidas frequentemente por menos de 30 libras (por volta de 90 reais).

Uma estratégia dos vendedores é mostrar aos clientes potenciais os filhotes mais novos, pois supõe-se que seja quando eles estão mais “engraçadinhos”.

Mas após terem sido prematuramente separados de suas famílias, muitos dos animais morrem devido à falta de alimentação apropriada e enfraquecimento do sistema imunológico.

Políticos estão sendo forçados a debater a questão após a petição lançada pelo veterinário Marc Abraham e que atingiu 100 mil assinaturas, número necessário para se tornar um tópico agendado para discussão na Câmara dos Comuns.

Em entrevista para o The Independent, Abraham, fundador da ONG Pup Aid disse que “fábricas de filhotes são uma pauta na crise de bem-estar animal que está acontecendo exatamente agora diante de todos nós, e em minha opinião somente o público, através da conscientização e educação, terá o poder para fazer parar esta crueldade”. E completou, “esta é uma indústria vil, totalmente voltada para a ganância repugnante e para o lucro, e isso só vai parar se não houver mais demanda por esses animais”.

O comércio de filhotes cresce pois as pessoas demandam cada vez mais a compra dos mesmos. Foto: Daily Mail
O comércio de filhotes cresce pois as pessoas demandam cada vez mais a sua compra. (Foto: Daily Mail)

Um porta-voz da RSPCA saudou o debate, mas também ressaltou que a prática tem se tornado mais comum devido à demanda pelos filhotes.

A ONG afirma que recebe um imenso número de ligações de pessoas reclamando que os filhotes que elas compraram ficaram extremamente doentes ou mesmo morreram logo após a compra.

“A dura realidade é que enquanto as pessoas continuarem comprando filhotes, estarão abastecendo esse comércio e fazendo com que os criadores e vendedores desonestos continuem a operar”, afirma a RSPCA.

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