Beijing, na China, intensificou o cumprimento da proibição de tutelar cachorros grandes, levando a um debate acalorado sobre a altura e raça dos animais banidos e a responsabilidade dos tutores sobre o comportamento dos cães.
A capital chinesa publicou em 2003 o Regulamento sobre Guarda de Cão. Desde junho, as autoridades locais começaram a intensificar as medidas de imposição para proibir as raças com mais de 35 cm de altura nos oito principais distritos administrativos e áreas rurais densamente povoadas. Cada família nessas regiões pode ter somente um cachorro em casa.
Conforme divulgado em matéria da ANDA, uma das medidas tomadas pela prefeitura, por exemplo, é a instalação de redes e armadilhas metálicas pelas ruas da cidade, para que cães que se arriscam sozinhos possam ser pegos.
O regulamento foi implementado, segundo o governo, após uma ‘grande quantidade de ataques caninos e mortes relacionadas à raiva’.
Li Xiangjie teve que sair da área urbana e levar o seu samoieda para passear às 5h ou após 22h para driblar o controle policial. Li e muitos outros apavorados tutores de cães temeram que seus animais fossem apreendidos.
“Alguns cachorros com menos de 35 cm tendem a ser agressivos, enquanto algumas raças grandes como samoieda e husky são muito dóceis,” disse Li.
Especialistas indicaram que o tamanho dos cães não deve ser relacionado diretamente ao nível de agressividade. Algumas organizações de defesa aos animais pediram uma revisão da proibição e uma medida mais científica e humana para regular a guarda de cães.
“A agressividade de um cachorro deve ser classificada de acordo com as raças, em vez da altura. Usar a altura como um fator decisivo não é lógico”, disse Shen Ruihong, secretário-geral do Kennel Clube de Beijing.
Fonte: CRJ