Por Giovanna Chinellato (da Redação)
O Angel’s Gate é um centro de reabilitação para animais abandonados em Delhi, Nova Iorque, nos EUA, fundado por Susan Marino. O Angel’s Gate recebe animais com necessidades especiais de todo os EUA. Marino promete a quem levar seus animais para lá que eles viverão seus dias em paz, com dignidade e amor. No entanto, a investigação infiltrada da PETA descobriu o oposto.
O Angel’s Gate é, na verdade, um “buraco do inferno caótico”, segundo a PETA. Os animais que precisariam de atendimento especial eram privados das necessidades básicas. O investigador da PETA descobriu as seguintes atrocidades:
– Animais paralisados arrastando-se para se locomover e com úlceras nos membros, mesmo com cadeiras de rodas disponíveis na instituição;
– Animais com incontinência urinária vestindo a mesma fralda por até dois dias, resultando em infecções;
– Animais mantidos a céu aberto, no frio, sem abrigo apropriado;
– Animais confinados em banheiras que não podiam escalar;
– Cães pequenos presos em cima da cama de Marino, sem ter como descer;
– Animais sofrendo de doenças tratáveis sem receber atendimento veterinário ou atenção, incluindo feridas abertas e infecções. Um cachorro tinha a mandíbula cortada em duas partes;
– Condições de superpopulação eram tão estressantes que brigas aconteciam diariamente, deixando os animais feridos e sem atendimento;
– Animais com dor, cortes e água no cérebro não recebiam atendimento ou medicação;
– Corpos de animais mortos eram deixados apodrecendo por dias ao lado dos animais vivos;
– Os animais eram alimentados com carne crua congelada.
O Angel’s Gate não tem veterinários na equipe, apesar de alegar oferecer “tratamento psicológico” e “reabilitação” para centenas de animais. A investigação da PETA descobriu que animais com doenças variadas não recebiam atendimento, e os que recebiam não eram tratados devidamente. Um chihuahua chamado Malcon chegou de um abrigo no Brooklin e ficou dois dias agonizando antes de, finalmente, morrer.
Os remédios do buldogue Shifty, sofrendo com cortes no corpo, e Tucker, um cão com hidrocefalia, não haviam sido tocados uma semana depois de receitados. O vidro do remédio de Franklin, um pug, estava cheio quatro meses depois da chegada dele em Angel’s Gate. O investigador da PETA relatou a Marino os problemas respiratórios da pônei Mimi diversas vezes, porém ela não recebeu atendimento e acabou morrendo. Mais de quatro meses após sua morte, Marino continuou com apelos no website por doações para Mimi.
Infelizmente, as pessoas continuam doando (um vencedor da loteria enviou 50 mil dálares!) e Marino continua lucrando com a falsa ideia de santuário. Pessoas bem intencionadas estão sendo enganadas. Nenhum animal deveria ser submetido às crueldades e descasos do Angel’s Gate. A PETA pede que as pessoas enviem e-mails ao Promotor do distrito de Delaware pedindo urgência no resgate dos animais (clique aqui para acessar a página com formulário -em inglês).
Veja o vídeo da investigação (contém cenas fortes):