O lince-ibérico, extinto em Portugal desde 2007 (segundo a associação ambientalista Quercus), poderá voltar ao Alentejo no início do próximo ano. A revelação partiu de Miguel Castro Neto, secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza: uma das crias nascidas em cativeira vai ser libertada no país para que, no futuro, Portugal volte a ter linces.
Vai ser “a primeira vez que se liberta em Portugal um lince-ibérico nascido em cativeiro”, destacou o governante, citado pela Lusa, à margem do 3.º Seminário Internacional sobre Coelho Bravo e 1.º Seminário LIFE+ Iberlince, que hoje terminam no Baixo Alentejo.
A libertação irá ocorrer ao abrigo do programa luso-espanhol de conservação da espécie. “Estamos a estudar diferentes localizações para perceber qual será a melhor para libertar em Portugal o lince ibérico no primeiro semestre de 2014”, complementou Castro Neto.
O lince-ibérico (Lynx pardinus) é uma espécie classificada como “criticamente ameaçada” e, entre os felinos, é a que apresenta menos exemplares. Mesmo entre os mamíferos é das espécies mais ameaçadas. Conhecido também pelos nomes populares de lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-lince, o lince ibérico sobrevive em Espanha, onde se acredita que existam apenas 140 animais.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: PT Jornal