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Hospital Veterinário da UEM quer ampliar atendimento a animais da comunidade

24 de junho de 2013
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Atendendo a comunidade de Umuarama e região, o Hospital Veterinário (HV) do Campus Regional da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, estuda ampliar seus serviços com uma parceria entre a Prefeitura. A união das organizações promoverá a castração de animais para a comunidade mais necessitada, formando um programa de controle populacional animal.

Segundo o professor e coordenador do HV-UEM, Oduvaldo Câmara Marques Pereira Júnior, a diretoria do hospital está conversando com a Secretária Municipal de Saúde para viabilizar o programa de controle populacional, visando os animais da comunidade carente da cidade. Ainda segundo o coordenador, só no Campus de Veterinária da UEM são abandonados de um a dois cachorros por mês. “O controle populacional é um problema em qualquer cidade e também para os animais. É uma situação que precisamos trabalhar com inteligência para surtir efeitos”, disse.

Para firmar a parceria, os custos com materiais estão sendo levantados e serão repassados à Administração Municipal. “Precisamos limitar o número de animais por semana. Mas esse programa tem visão de longo prazo, até permanente, uma vez que o controle populacional é feito a longuíssimo prazo”, informou o veterinário.

Hoje o HV-UEM conta com um programa no mesmo sentido, mas ainda é limitado devido aos custos com materiais usados para as cirurgias. Com o apoio do município o serviço será ampliado, diminuindo o número de animais abandonados. “Além de Umuarama, temos uma parceria com uma ONG em Moreira Sales, onde também realizamos as castrações. A prefeitura de Mariluz também está interessada no programa”, ressaltou Júnior.

Atendimento ao público

Mesmo sendo um hospital público vinculado à UEM, o HV precisa repor os materiais utilizados nos procedimentos e atendimentos realizados com a comunidade. De acordo com Câmara Marques, os valores cobrados são mínimos comparados com os serviços prestados nas clínicas particulares. “As universidades cobram no máximo a metade dos valores praticados pelas clínicas particulares, pois somos hospitais escolas. O objetivo é a formação de alunos”, explicou.

Material de cirurgia, exames laboratoriais, medicamentos entre outros produtos possuem um custo elevado para a instituição e por isso é necessária a cobrança para repor os estoques. “Queremos atingir a comunidade que tem dificuldade financeira. Pois poderemos ajudar essas pessoas que têm animais que precisam de atendimento. Se a pessoa é carente, fazemos o possível para poder atender, principalmente por ser uma universidade pública temos o dever de atender a população”, garantiu o professor.

O hospital tem capacidade de oferecer todos os serviços desde o atendimento clínico até os procedimentos cirúrgicos, exames de laboratórios, para os pequenos e grandes animais. Os atendimentos ocorrem das 8h às 12h e das 13h às 18h. “Pode ligar e agendar um horário, ou se for emergência é só chegar que será atendido”, disse o veterinário.

Hospital público

De acordo com Oduvaldo, hospital gratuito só existe em São Paulo capital, devido a todos os custos envolvidos para manutenção desse formato de hospital. “A legislação exige um investimento bastante alto, aproximadamente R$ 2 milhões e a manutenção não é pouca, o custo de material de giro mensal é grande. Para uma prefeitura em uma cidade como a nossa fica inviável”, informou.

Fonte: Ilustrado

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