Por Fernanda Franco (da Redação)
Organizações não governamentais (ONGs) ligadas ao clima vão apresentar hoje (24), em Brasília, durante evento no Senado, um manifesto pedindo ao governo ações imediatas para que o País possa enfrentar as mudanças climáticas e seus impactos nas áreas econômica, social e ambiental. O evento vai reunir organizações, cientistas, parlamentares e negociadores oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater a Política Nacional de Mudanças Climáticas e o papel do Brasil na Conferência de Copenhague.
A iniciativa do Observatório do Clima tem a parceria do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVCes), Frente Parlamentar Ambientalista, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e apoio do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), WWF-Brasil, Conservação Internacional (CI-Brasil) e embaixada britânica.
Essas instituições propõem como ações imediatas apenas orientar a sociedade e a economia no rumo do desenvolvimento de baixo carbono; definir metas de reduções de gases de efeito estufa; e forjar ações de conservação e proteção das florestas, bem como o combate ao desmatamento na Amazônia.
O vegetarianismo como primeiro passo
Bem antes de todas essas mudanças consideradas emergenciais para que estejamos preparados para os desequilíbrios climáticos provocados pelo homem, há uma mudança que afetaria diretamente o planeta e todos que o habitam de forma positiva e em grandes proporções.
Enquanto órgãos se reúnem para discutir medidas, ideias e discursos nem sempre tão verdadeiramente interessados em mudanças concretas ou em ações isentas de lucro, bastaria uma campanha mundial de conscientização da sociedade sobre os impactos positivos do vegetarianismo no meio ambiente.
O vegetarianismo é, indiscutivelmente, o passo mais importante para garantirmos a sustentabilidade da vida no planeta. Ao dizermos não ao consumo de carne (ou de qualquer produto que contenha ingredientes de origem animal), economizaríamos, individualmente, 5 milhões de litros de água e salvaríamos 5 mil metros quadrados de árvores por ano.
Além disso, com essa simples mudança, ajudaríamos a combater a fome e a sede (os maiores flagelos da humanidade), o aquecimento global, a contaminação dos solos e das águas, a desertificação e o desperdício de energia. Ao respeitarmos plenamente os direitos animais, garantiríamos também a preservação da biodiversidade do planeta.
O primeiro passo para restituirmos o equilíbrio que tomamos da Natureza com a exploração excessiva dos recursos naturais só será revertido se passarmos por uma mudança de hábitos simples, porém profunda e definitiva.
Por que será, então, que não se discute, neste momento emergencial pelo qual nosso planeta está passando, a principal ação que produziria imediatamente efeitos positivos sobre o que queremos consertar?
(Com informações do Terra)