(da Redação)

Oogy tornou-se conhecido em 2008, quando esteve presente no programa de TV de Oprah Winfrey, e teve a sua história contada em um livro, em 2010. Ele começou a sua vida sendo explorado como um cão de rinha e abandonado para morrer, mas terminou sua história rodeado por membros de sua família que lhe deram muito carinho nos últimos doze anos. As informações são do Life With Dogs.

Larry Levin e seus filhos gêmeos de doze anos de idade haviam acabado de dizer um doloroso adeus ao seu gato Buzzy de 17 anos no Hospital Veterinário Ardmore na Pensilvânia, quando encontraram Oogy.  O filhote terrivelmente desfigurado havia sido trazido pela polícia que o resgatou durante uma apreensão de drogas.

“Todo o lado esquerdo de sua cabeça era uma cicatriz rosada e brilhante, e parecia que tinha derretido”, conta Larry ao Dogster.

Ninguém soube ao certo o que havia acontecido com o filhote, mas presume-se que ele tivesse sido usado como isca em rinhas de cães e depois deixado para morrer em um ponto de venda de drogas. Apesar do abuso horrível, Oogy estava ainda cheio de amor, e era feliz por poder cobrir os tutores de beijos.

Os Levin adotaram Oogy, e tornaram-se defensores da raça dos pit bulls. Eles ficaram surpresos ao descobrir que Oogy era na verdade um “Dogo Argentino”, mas isso não fez diferença, conforme uma afirmação de Larry a um site dedicado a cães vitimizados.

A história de Oogy tornou-se rapidamente viral e, em 2008, um produtor do programa de Oprah Winfrey chamou-os para uma aparição no elenco do Valentine’s Day. Larry ficou empolgado com a chance de compartilhar a trajetória do animal.

Dez dias depois de Oogy aparecer na televisão, um agente literário entrou em contato com a família, interessado em escrever um livro. Larry, que sempre quis escrever sobre isso, viu que essa era a oportunidade perfeita.

“Passei dois anos escrevendo”, diz ele. “Eles me deram todo o tempo que eu precisava”.

O livro tornou-se um bestseller, e Oogy passou a ser famoso, o que permitiu a seu tutor envolver-se com organizações de resgate e ser convidado para fazer palestras em escolas. As crianças aprendiam sobre o triste começo de vida de Oogy, e ajudavam a grupos de resgate e organizações sem fins lucrativos em prol de cães.

Ao longo dos anos, o pit bull diminuiu o número de aparições públicas, devido à sua saúde.

“Ele passou por três cirurgias em seu crânio – a primeira para salvá-lo, e a segunda para reconstruir o seu rosto”, diz Larry. “Então, em 2011, ele entrou em colapso. Os veterinários pensaram que era um tumor no cérebro”.

Não se tratava de um tumor no cérebro, mas de uma infecção generalizada que exigiu uma terceira cirurgia.

“Dentro de seu crânio, pedaços de pele e da maçã do rosto de nove anos atrás haviam se tornado infectados. Na cirurgia, isso foi limpo, e ele sobreviveu”, conta o tutor.

Oogy ainda era capaz de fazer viagens para uma prisão nas proximidades, onde ele e Larry eram voluntários da New Leash on Life USA, uma organização que faz um trabalho junto aos presos no qual eles aprendem sobre cães e os educam para que os mesmos sejam mais “adotáveis”. Larry falava a eles sobre a crueldade das rinhas: “Eles voltariam para as suas comunidades onde as rinhas de cães são endêmicas, e iriam com essa nova visão”.

Larry sentia tristeza com o que havia acontecido a Oogy, mas estava contente por isso tê-los unido.

“A pior coisa que aconteceu com este cão foi também a melhor coisa que lhe aconteceu”, diz ele. “Nós somos as peças faltantes um do outro…somos apenas um par de caras que estão se ajudando”.

Mas, no dia 2 de março, Larry compartilhou a triste notícia com fãs de Oogy no Facebook que seu maravilhoso menino tinha partido:

“Noah veio de Boston na sexta-feira, assim que eu liguei para ele. Dan puxou um colchão do segundo andar – Oogy não era mais capaz de subir escadas – e nós quatro passamos cada minuto do fim de semana juntos, dormindo na sala da família, comendo lá, assistindo a filmes, saindo juntos para caminhadas. Cobrimos Oogy de beijos. Ele nos beijou de volta.

Nesta manhã eu alimentei Oogy. Eu coloquei hidratante em seu nariz e colírio em seus olhos, assim como eu faço todos os dias, e eu coloquei o casaco laranja quente sobre ele, o que Linda lhe deu, e fomos para um passeio. Ele tinha 100 anos de idade e manteve os nossos espíritos elevados através de todo o calvário, mas ele se foi de nós. Ele não sofreu. Nós passamos por muita coisa juntos e eu não posso te dizer o quanto ele significava para mim. Ele me deu a vida que tenho. Ele me trouxe alegria a cada dia durante os últimos 12 anos. Todo santo dia. Pensem sobre isso.

Eu sei que essa tristeza profunda é inevitável, e eu não sei como esse vazio será preenchido, ou mesmo se poderá ser, mas não há outra forma de passar por isso. O amor de vocês foi essencial para ele, e ele os amou de volta com aquele amor inextinguível que era a sua essência. Obrigado a vocês do fundo dos nossos corações coletivos. Espero que esta página continue a ajudar animais em necessidade. Eu estarei de volta assim que puder.”