A Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou um aumento de 110,8% no sequestro de cachorros na cidade de São Paulo entre 2017 e 2018. Foram 137 casos no ano passado, contra 65 no retrasado. A maior parte dos animais foram levados de residências.
Uma das vítimas foi Pierre, um buldogue francês de 10 anos que foi levado por criminosos que invadiram a casa onde ele vivia no final de 2018. “Não sumiu um palito da casa, só o Pierre”, disse sua tutora, a advogada Daniela Costa e Silva. As informações são do G1.
O cachorro ficou desaparecido durante 15 dias e foi encontrado graças a uma campanha feita na internet. O animal já estava com um novo tutor, que aceitou devolvê-lo. Os criminosos não foram identificados.
Os casos de cachorros levados dos tutores na rua ou de dentro de carros são minoria quando comparados aos ocorridos em residências, mas sofreram um aumento de 227%, passando de 15 em 2017 para 49 em 2018.
Para tentar proteger os animais, tutores tem recorrido ao microchip, que é colocado no cão e guarda informações sobre ele e a família que o tutela. O equipamento tem o tamanho de um grão de arroz e custa, em média, cerca de R$ 200. De acordo com uma clínica veterinária, a adesão ao chip cresceu 20% desde o começo de 2019.
O microchip é utilizado para facilitar a identificação do cão. “O veterinário passa o leitor e ele é capaz de identificar de quem é aquele animalzinho”, disse a veterinária Fernanda Fragata.
Além do chip, outras formas de tentar proteger o animal são: não deixá-lo em local visível, aos olhos da rua; evitar passear de noite e em ruas mal iluminadas; dar preferência a locais mais movimentados; organizar saídas em grupo.
De acordo com a SPP, no último ano as polícias Civil e Militar reduziram em 3% o número de sequestros de animais em todo o estado de São Paulo e combateu maus-tratos e canis clandestinos.