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Castração é considerada solução para abandono e maus-tratos

14 de fevereiro de 2011
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Castração. Esta parece ser a palavra-chave para combater de forma eficiente o aumento preocupante da população de animais de estimação. Pelo menos é o que afirmam veterinários e outros profissionais ligados diretamente ao mundo animal.

A redução da quantidade de animais, segundo esses profissionais, seria a principal solução contra o crescente número de abandonos e maus-tratos. Consequentemente, reduziria também a presença dos animais nas ruas, causando, assim, menos risco de disseminação de doenças transmissíveis, como leishmaniose, raiva e leptospirose, entre outras.

Além disso, a castração torna mais tranquila a convivência dos humanos com os animais. De acordo com a veterinária Ana Lúcia Geraldi, ela reduz em 99% as visitas às clínicas especializadas.

Outra vantagem da castração apontada por ela é a ausência do cio – período em que se dá o acasalamento da fêmea. Com isso, acabam as “escapadas” de gatas, cadelas e outras espécies, reduzindo a possibilidade de atropelamentos. Sem cio, a fêmea passa mais tempo dentro de casa.

Segundo Ana Lúcia, o risco de tumor no útero e no ovário diminui cerca de 80%. Da mesma forma que reduz em chances de tumor nas mamas. Um macho castrado também fica mais caseiro. Seu apetite sexual diminui e o costume de demarcar terreno urinando em vários pontos praticamente desaparece.

A esteticista canina e ativista da Organização Não Governamental (ONG) Naturae Vitae, de Bauru, Leandra Marquezini Bomfim, é outra incentivadora da castração. Ela argumenta que é bastante comum saber de crias inteiras que são jogadas em rios, abandonadas em matagal e em beiras de estradas, para citar apenas os tipos de descartes mais comuns. Os felinos são as principais vítimas, uma vez que uma gata é capaz de reproduzir a cada dois meses, em média. Pode ocorrer de a fêmea iniciar nova gestação mesmo durante a amamentação dos filhotes que acabaram de nascer.

Segundo Leandra, a castração de um animal é um procedimento simples que consiste na retirada do útero, trompas e ovários, no caso das fêmeas. Nos machos, são retirados os testículos.

A cirurgia é feita com anestesia geral. Apesar de simples, ela deve ser executada apenas por veterinários. Em torno de uma semana, o animal estará totalmente recuperado. De acordo com orientação profissional, a castração dos animais pode ser feita a partir dos 2 meses de idade. Para as fêmeas é recomendado castrar antes do primeiro cio.

O procedimento é cercado de mitos, segundo a Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil). E um deles seria a afirmação de que castração engorda.

Segundo a associação, o animal não engorda devido à castração e sim pela diminuição de suas atividades físicas, necessitando, portanto, de mais exercícios. Outro mito, segundo a Arca, é dizer que os animais castrados perdem o instinto de proteger seu território. De acordo com a entidade, a afirmação é falsa.

Fonte: JCnet

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