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Animais vítimas da tragédia na Região Serrana dependem da solidariedade humana para sobreviver

17 de janeiro de 2011
5 min. de leitura
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Cães recolhidos pelo ônibus da Alerj e levados para abrigo em Petrópolis, atingida pelas chuvas (Foto: Gabriela Pacheco/R7)

O cuidado com os sobreviventes da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro também deve ser estendido aos animais que perderam seus tutores e casas. Não é difícil encontrar vagando pelas ruas de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis cães em busca de seus lares e do carinho de seus tutores, que nem sempre vão encontrar. Organizações de proteção aos animais também fazem campanha para ajudar esses animais.

De acordo com o zootecnista Alexandre Rossi, também conhecido como Dr. Pet, explica que os cachorros que foram criados em um ambiente onde tinham contato com poucas pessoas ou que viviam sozinhos com seus tutores são os que mais sofrem e que precisam de mais atenção.

– Quanto mais o cão foi sociabilizado, menos apego ele tem. Mas aqueles que vivem em lugar restrito ou nunca tiveram contato com outras pessoas, esses vão ter muita dificuldade até encontrar novamente a situação em que se sintam seguros. Podem ficar mal até por anos.

Para esses cachorros, diz Rossi, o ideal é, ao menos nos primeiros dias da perda, tentar dar ao animal o mais próximo ao conforto que ele tinha com o tutor. Nos primeiros dias após perder seu tutor, os animais podem ficar doentes, não ter vontade de comer, o que é perigoso pois pode levar à morte.

– Por enquanto, tem de se garantir que esses animais que se alimentam, após passar esse período. Depois que se sentir melhor poderá ser exigido mais dele.

O Dr. Pet também alerta sobre o cuidado que se deve ter com o cão que fica à procura do lugar onde estava sua casa. Alguns cães, ele explica, são muito bons em guardar na memória as características o local onde vive. Outros têm capacidade de voltar a um lugar onde esteve somente pelo faro. Mas os cães que não têm essas capacidades ficam perdidos e correm risco de sofrer acidentes.

– Nesses casos a pessoa [que o acolheu] pode amarrá-lo em um corda e deixar que ele tente voltar para a sua casa ou para o lugar em que sentiu algum cheiro.

Mas, assim como os humanos, após situações de estresse extremo, como ocorreu na região serrana, os cães também podem desenvolver ansiedade, compulsões, entre outros sintomas, dependendo do temperamento do cachorro.

– Há cães que têm dificuldades em lidar com essas situações e podem ter um comportamento parecido com o nosso.

Como ajudar

A Coordenadoria do Bem Animal de Nova Friburgo, em parceria com a ONG (organização não governamental) Instituto Univida de Proteção Animal, está disponibilizando uma conta e contatos para doações que serão revertidas para alimentação e todos os cuidados que forem necessários para o atendimento dos animais desabrigados .

A conta do instituto é no banco Itaú, agência 6542 número 06841-3.

A Organização Mundial de Proteção Animal (sigla em inglês WSPA) também enviou profissionais para a região serrana para ajudar os animais que também sofrem com a tragédia. Além disso a organização também capta recursos para ajudar.

Todos os recursos serão empregados na prestação de socorro e prevenção de doenças dos animais.

Quem quiser doar alimento (ração para cães e gatos) e medicamentos veterinários, pode ver abaixo os endereços para entrega na própria região atingida. A WSPA também fez contato com alguns parceiros para apoio à campanha e conseguiu doações de um lote de vacinas para prevenção da raiva e leptospirose, que serão encaminhadas para uma clínica veterinária parceira na região de Itaipava. Uma fabricante de ração também conseguiu a doação de uma tonelada de ração para cães e gatos.

A WSPA coordena essa ação em apoio aos animais, junto às seguintes ONGs afiliadas: a Defensores dos Animais (Rio de Janeiro), o Gapa (Itaipava) e a AnimaVida (Petrópolis), a Combina (Nova Friburgo) e SOS Animal (Teresópolis), que estão se mobilizando regionalmente.

A conta da organização está com o nome Defensores dos Animais e com CNPJ 04.363.242/0001-09, no banco Bradesco na agência 0279-8 número 172813-0.

Veja os endereços onde fazer doações (RJ):

Clínica Bicharada – estrada União Indústria, 10661, Itaipava/ Petrópolis (RJ) – CEP 25750-225

ONG Combina (Companhia dos Bichos e da Natureza) – rua José Eugênio Muller, 36, Centro – CEP: 28610-010 – Nova Friburgo

Armazém do Gemmal – estrada União e Indústria, 10.733, Itaipava – CEP 25750-225
Telefone 0/xx/24/ 2222-0298.

SOS 4 Patas – Centro de Proteção de Defesa dos Animais de Resende – avenida Projetada, número 578, Toyota 2 – Resende – CEP 27511-970 telefone 0/xx/24/ 3360-8070

SOS Animal – rua Silvio Romero, 40 – Golf (em frente ao Hotel Alpina) – Teresópolis
com Rosane Forli telefone 0/xx/21/87870872 ou 3641-0872

Defensores dos Animais – rua Doutor Manoel Cotrim, número 61, Riachuelo (RJ), CEP 20961-040 telefone 0/xx/21/2582-6646

Postos de esterilização no Rio da SEPDA (Secretaria de Promoção e Defesa Animal) receberão doações:

Bonsucesso – avenida Brasil, esquina com a rua Teixeira Ribeiro (passarela 9).
Centro – Campo de Santana – Praça da República, s/nº.
Coelho Neto – praça Virgínia Cidade (próximo à estação Coelho Neto do Metrô).
Guaratiba- fazenda Modelo – estrada do Mato Alto, 5620 (ao lado do Posto de Saúde Maia Bittencourt)

Jacarepaguá – praça Seca (em frente ao banco HSBC)

Largo do Machado- em frente à cabine da Polícia Militar, próximo à estação do Metrô

Realengo – praça Padre Miguel (paralela à avenida Santa Cruz, em frente à igreja Nossa Senhora da Conceição)

Vicente de Carvalho – largo de Vicente de Carvalho – avenida Pastor Martin Luther King Júnior (próximo ao Metrô).

As doações também poderão ser feitas no Centro de Controle de Zoonoses no largo do Bodegão, 150 em Santa Cruz.

Outros locais de arrecadação em SP e RJ

Veja aqui lista completa preparada pela ANDA dos postos de arrecadação para ajudar os animais vítimas da tragédia no RJ.

Com informações do R7

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