EnglishEspañolPortuguês

Protetora pede ajuda para cirurgia de cão que se arrastava nas ruas de SP

5 de novembro de 2010
5 min. de leitura
A-
A+

Marli Delucca
[email protected]

Em 15 de outubro, por volta das 21h, meu filho já entrou no apartamento dizendo que havia um cão deitado lá embaixo na porta do prédio, com jeito de que estava morrendo. Desci e foi isso o que eu vi:

Se ele foi atropelado, surrado, não sei dizer, pois, por mais que diga que não entendo de cachorro, parece que eles não se importam com isso e procuram por qualquer um que se compadeça de sua situação. 

O cachorro mal conseguia ficar em pé. Chamei meu filho ao interfone, pedi que trouxesse uma latinha de comida de gato (que era a que eu tinha) e água. O cão cheirou, cheirou, mas só deu uma lambidinha na comida e bebeu um pouco de água. Mas para isso fez um esforço enorme para ficar de pé, ele dava essa impressão de estar muito mal e com dor. 

Liguei para o Nico do Táxi-dog, que mês passado já havia me ajudado a socorrer o Coringa e o Caramelo, que haviam sido surrados, e o Billy, que foi abandonado também por aqui (tinha coleira com seu nome, mas sem telefone). O Nico chegou em 15 minutos e o encarreguei de levar o cachorro ao veterinário e me ligar, para acertar a conta. Pelo olhar do cão, achei que talvez ele não conseguisse passar daquela noite.

No dia seguinte, sábado, pela manhã, o Nico trouxe o cão para que eu o visse, e para o acerto de contas.

A Dra. Luciana da Clínica Amigo Bicho, aonde o cão foi levado pediu dois raio-x, pois desconfia de fraturas, já que o cão está muito sensível e com dor, e aplicou-lhe injeções de medicação.

Como podem ver, aquele olhar de dor já quase não é visto, o cão parecia aliviado e balançava o rabinho o tempo todo.

Como à tarde saí correndo para o hospital (minha sobrinha Graziela e apenas 8 meses foi internada com meningite bacteriana), encarreguei o Nico de fazer os raio-x, e retornar a veterinária, para ver o que mais seria necessário para ajudar o cão. Com os meus furões e fazendo lar temporário de gatos, e sem trejeito com cães, é impossível para mim abrigar qualquer cachorro, seja de que porte for no meu apartamento, mas como o Nico já me conhecia de outros resgates, e vendo o estado do cão, e sendo que nenhum de nós dois tem condições de pagar pela hospedagem dele em algum lugar, o Nico do taxi-dog, teve que levá-lo para a casa dele.

O laudo radiográfico do Bento (foi batizado), diz:

Luxação articular coxofemoral direita traumática com superposição da cabeça femoral em borda cranial acetabular.
Deslocamento lateral de patelas – subluxação posicional.
Paciente com sensibilidade dolorosa.

Durante a semana, enquanto trabalhava como Táxi-Dog, Nico “aproveitou-se” de todos os veterinários em que esteve levando outros animais; com os dois raio-x, debaixo do braço. Mostrava-os ao veterinário, dizia que se tratava de um cão resgatado da rua, e orçava em quando ficaria as cirurgias, que oscilaram de R$ 600,00 a R$ 400,00. E alguns veterinários também diziam não aconselhar a cirurgia, pois ele continuaria manco.

Com tantas divergências, e visando somente ao bem-estar do Bento e seu futuro, agendei uma consulta no Hospital Universitário da UNIP, para que eu soubesse realmente o que era necessário fazer. E a equipe da UNIP até agendou a cirurgia para o dia mais próximo que eles tinham, 02/12, num total de R$ 370,00 (sem castração).

A luxação de patela bilateralmente ( patas de traseiras) tem quase sempre como consequência uma ruptura do ligamento cruzado cranial, e o sinal de dor é que o animal levanta frequentemente o membro luxado. A colocefalectomia (retirada da cabeça do fêmur) também será necessária.

E há ainda o caso de que após a cirurgia poderá haver necessidade de se fazer sessões com laser, US, TENS, e outras técnicas fisioterépicas, não só para que Bento possa andar normalmente, como também para que não sinta mais dor andando ou deitado.

Até recentemente, eu sempre havia conseguido bancar meus resgatados, e ainda conseguia ajudar outras protetoras e ONG’s, infelizmente o número de animais abandonados, precisando de socorro imediato, que amparei e colaborei foi tanta nos últimos meses, que eu não estava conseguindo mantê-los sozinha, e inclusive a protetora Julci assumiu os últimos cães que socorri – Coringa e Caramelo, que estão sendo mantidos em hotelzinho porque ainda não apareceram adotantes. Eu estava contribuindo com essa hospedagem, e realmente preciso que ajudem o cão Bento, a fazer o que for necessário para se recuperar, para que possamos colocá-lo para adoção, para ele enfim encontre sua metade humana que irá amá-lo e protegê-lo.

A boa notícia é que à tarde o Nico fez um táxi-dog a do Dr. Wilson Grassi, que, tomando conhecimento do caso do Bento, se prontificou a fazer a cirurgia e a castração do Bento, cobrando estritamente a anestesia, o material e a medicação necessárias, e que sairá por R$ 300,00. Deixo aqui uma imagem e um breve resumo para que conheçam o Dr. Wilson Grassi, um exemplo de ser-humano a ser seguido.

 

No meu perfil do facebook, , vocês poderão ver mais fotos do Bento, bem como no meu álbum de Prestação de Contas, que eu até então sempre ajudei todos os animais que pude, meus e de outras protetoras, e muito pouco pedi para os animais que socorri.

Bento, como tantos outros animais, sofreu nas ruas, e ainda carrega essa dor com ele. Eu sozinha não tenho como ajudá-lo, mas agradeço a quem puder colaborar para que juntos possamos tirar essa dor dele.

Aos que puderem colaborar com qualquer quantia para o tratamento do Bento, ou de outra forma, peço que me enviem e-mail, para que eu possa lhes enviar os comprovantes dos gastos. Em nome do Bento e em meu nome, eu agradeço a todos que puderem colaborar e divulgar o caso do Bento, e os animais que estão para adoção que aguardam para encontrar sua metade humana, e serem felizes.

Meu e-mail é [email protected], e só tenho conta no Banco Bradesco, Agência 2363-9, conta-corrente 1257-2.

Você viu?

Ir para o topo