Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
O Ministério do Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas da Índia acaba de legalizar o assassinato de animais selvagens como se fossem “pragas”.
A ativista pelos direitos animais e ministra das Mulheres e do Desenvolvimento Infantil da Índia Maneka Gandhi e o ministro do Meio Ambiente do país Prakash Javadekar estão em guerra devido à decisão.
Recentemente, mais de 200 touros foram assassinados, o que causou revolta no país. Maneka, conhecida por sua diplomacia, acusou o ministério do país de ter um “desejo de matar”, informa o portal daily O.
A afirmação da ministra é uma resposta à autorização do ministério de Javadekar dada aos estados para matar os animais que considerados “vermes” ou pragas , causam danos à vida selvagem.
Porcos selvagens e nilgai estão entre os animais tidos como “vermes” que foram mortos nas regiões de Bihar e Uttarakhand. Em Himachal, são os macacos que estão ameaçados.
O ministério de Javadekar alega que as ações estão de acordo com a lei e as autorizações são respostas aos pedidos de vários estados.
Previsivelmente, o foco dos meios de comunicação tem sido a disputa entre os dois ministros e, por isso, o contínuo e crescente conflito entre humanos e animais selvagens não é abordada e nem o fato de que o assassinato de animais pode agravar a questão.
O problema entre seres humanos e animais selvagens é grave, pois as perdas por depredação eliminam os meios de subsistência. É por isso que há uma necessidade urgente de colocar em prática estratégias de curto e longo prazo para enfrentar e resolver o conflito, sem o uso de armas.
Na Índia, cerca de 40% dos tigres estão fora das áreas protegidas e de reservas, onde há ordens de atirar em suas presas, o que aumentaria o conflito, e causaria a trágica perda de humanos e de animais.
Vale observar que, se tigres e outros grandes predadores têm acesso a suas presas, eles evitam o confronto com os seres humanos e o ataque ao gado.
Outro grande problema é que não há nenhum esforço para abordar a raiz do conflito e proteger as florestas e os habitats desses animais.
As autorizações do ministério também violam a seção 51A da Constituição do país, que diz que é dever fundamental de todos os cidadãos melhorar o ambiente natural, incluindo florestas , lagos, rios e animais selvagens , e ter compaixão por outras criaturas vivas.