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Universidades britânicas mataram mais de um milhão de animais no último ano

13 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Renan Hamann (da Redação)

Somente em 2012, universidades do Reino Unido foram responsáveis pela morte de 1,3 milhão de animais, todos utilizados em pesquisas. Entre esses, estão cerca de 1 milhão de ratos, 124 macacos, 10 cachorros e seis emus. Todos foram mortos em pesquisas médicas e veterinárias realizadas por universidades e institutos de pesquisa. A Universidade de Edimburgo é uma das principais responsáveis pelos altos números: 226.341 animais mortos. Completam o triste pódio: Oxford e Cambridge. As informações são do Daily Mail.

A história vai além: 226 mil peixes, 50 mil sapos e 4.250 pássaros foram utilizados para vivissecção — procedimento em que têm seus corpos abertos ainda com vida, para que os pesquisadores possam analisar o funcionamento de seus órgãos e reações de alguns produtos que estejam em desenvolvimento.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Grupos britânicos de defesa e bem-estar animal expressaram “desgosto” em relação aos números. Michelle Thew (CEO da União Britânica pela Abolição da Vivissecção (BUAV)) disse ao Daily Mail: “Os detalhes dessas pesquisas não apenas surpreendem, como também nos enojam”. Ela vai além: “Os testes envolvem forçar roedores a inalar fumaças tóxicas para investigar os efeitos disso em seus organismos. Induzir pequenos filhotes a situações de stress e várias outras ações que podem causar problemas mentais sérios na idade adulta”.

Prosseguindo em seu discurso, Thew dá informações bem interessantes: “Muitos membros do senso comum têm a ilusão de que todas as experimentações com animais são vitais para garantir benefícios à saúde humana”.

Foto: Daily Mail
Foto: Daily Mail

Outra pessoa a emitir opiniões sobre o assunto foi Andrew Tyler, diretor do Animal Aid. Ele relembra que as pesquisas com animais podem, muitas vezes, não ser confiáveis para a medicina humana. “Eu não acho que as pessoas saibam o que acontece dentro das universidade”, afirma Tyler, ao lembrar que pesquisas no Reino Unido já mostraram que 80% dos britânicos não gostariam de saber que seu dinheiro está sendo aplicado em pesquisas que envolvem a morte de animais.

Várias universidades se manifestaram em defesa da não abolição do uso de animais em testes. O Daily Mail cita vários exemplos de notas que foram enviadas pelas universidades britânicas. Em geral, elas não fogem do que já se espera de frases bem-estaristas: “Os animais são usados quando não há alternativas”; “Os animais são tratados com ótimas condições” e “Todos os processos de testes em animais são acompanhados por revisões éticas”.

Especismo

Como método de ensino, o uso de simuladores se mostra totalmente eficaz. Não é necessário submeter um animal à diversas torturas para que a didática seja adequada. Na verdade, os demais métodos se mostram até mesmo mais didáticos.

“Para cada instância em que animais vivos são utilizados, existem métodos que podem ser usados ​​com simuladores com valor educacional equivalente ou superior” disse John Pippin, diretor de assuntos acadêmicos do Comitê Médico pela Medicina Responsável, que acrescentou, “abusar e tirar a vida de um animal é algo antiético”.

Os avanços da tecnologia e a disponibilidade de sofisticados simuladores baseados em humanos, tornam cada vez mais difícil para as instituições de ensino que ainda utilizam animais, continuarem a defender a prática de ferir e destruir os animais.

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