O Japão anunciou nesta sexta-feira (9) o fim da sua campanha anual de caça à baleia na Antártida, com um terço do número de cetáceos que contava capturar (267), por causa de “atos de sabotagem” de ativistas em defesa dos animais.
A Agência de Pescas nipônica disse que a frota já está de regresso ao Japão, “conforme o previsto”, mas reconheceu que as capturas foram bem inferiores aos objetivos cruéis fixados.
Os baleeiros, que partiram do Japão em dezembro, assassinaram 266 baleias-anãs (Balaenoptera acutorostrata) e uma baleia-comum (Balaenoptera physalus), especificou a agência, números bem longe dos 900 animais que contavam matar.
“As capturas foram bem inferiores ao que estava previsto devido às condições meteorológicas e a atos de sabotagem perpetrados por ativistas”, segundo a agência.
Os ativistas da associação de defesa dos animais Sea Shepherd, com sede nos Estados Unidos, perseguiram, como nos últimos anos, a frota japonesa nas águas da Antártida, a bordo dos seus próprios navios. O seu objetivo é impedir ao máximo a caça às baleias e para isso lançaram bombas de mau cheiro para as embarcações e bloquearam as hélices dos navios japoneses com cabos.
A organização Sea Shepherd anunciou no seu site que também vai interromper a campanha contra a caça às baleias, por este ano. “Esta foi uma campanha coroada de sucesso. Não tanto como no ano passado mas melhor do que nos outros anos”, comentou o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson.
O Governo australiano emitiu um comunicado em que saúda a suspensão da caça pela frota japonesa. “As atividades baleeiras japonesas são contrárias à legislação internacional”, declara o Governo.
Com informações do Ecosfera