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Cidade de Zacatecas, na Espanha, proíbe tourada após ação judicial movida por ativistas

Foto: Divulgação

Uma liminar expedida no dia 2 de abril após uma ação movida por ativistas zacatecanos contra a exploração de animais em touradas e espetáculos similares resultou na suspensão da “Gran Novillada Internacional” que ocorreria na Plaza de Toros Monumental de Zacatecas.

O Projeto Solovino, uma associação que defende o bem-estar animal e os direitos animais, obteve uma decisão favorável à suspensão dois dias após entrar com o amparo no Poder Judicial da Federação.

A juíza do Segundo Distrito ordenou que o Patronato da Feria Nacional de Zacatecas (Fenaza), o Sistema Estatal para o Desenvolvimento Integral da Família (SEDIF) e a Presidência de Zacatecas fossem informados sobre essa suspensão, assim como a empresa promotora do espetáculo taurino.

A proteção do direito humano a um meio ambiente saudável é priorizada nesta decisão, considerando incompatível a realização de eventos onde animais são torturados ou forçados a lutar para entretenimento e lucro.

A novilhada que seria realizada na Monumental Zacatecas foi transferida para a cidade de Texcoco, onde foi oferecida gratuitamente, levando a empresa Don Bull Productions e os entusiastas da tauromaquia a caracterizarem a suspensão como apenas “uma mudança de local”.

Astrid Reveles, porta-voz das associações locais que lutam pelo respeito e proteção dos direitos animais, destaca que essa decisão representa um grande avanço para os esforços dos ativistas em Zacatecas, visando que “qualquer ação violenta, abusiva ou de tortura seja punida” no estado.

Reveles, que também é doutora em Pedagogia, ressalta a preocupação especial com o fato desses espetáculos terem como público-alvo as crianças, que são expostas a uma demonstração vívida de tortura, dessensibilização à violência e falta de respeito pela vida, além de um ambiente com consumo excessivo de álcool.

A “Feria Nacional de Zacatecas por la PAZ”, uma das ações mencionadas na estratégia de construção da paz apresentada pelo governo estadual no início do ano, incluía touradas e brigas de galos, onde a dominação e a crueldade prevalecem sobre valores como a não violência e o respeito à vida, destaca Astrid Reveles.

Associações ambientalistas e antiespecistas continuarão recorrendo a estratégias jurídicas para avançar nessa causa e convocando a sociedade civil para se unir a esses esforços, concluiu Astrid.

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