Zoológicos e centros de reabilitação que tratam animais silvestres na região de São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo, estão superlotados. Com as queimadas, aumentou consideravelmente o número de bichos feridos pelo fogo. E os locais preparados para receber esses animais não têm a estrutura ideal.

Entre os animais feridos estão um filhote de um lobo guará, que agora convive com uma nova família: três veados catingueiros e um tamanduá. Todos foram encontrados sem os pais.

Além disso, muitos pássaros aguardam um lugar para serem levados. Com 500 bichos, o zoológico de Rio Preto está com a capacidade máxima e não tem como abrigar mais espécies.

A Polícia Ambiental sempre é chamada para resgatar os animais. Muitos deles tentam fugir das queimadas, comuns na região.

No primeiro semestre deste ano, foram apreendidos 190 animais. O número está em pleno crescimento, já que no mesmo período do ano passado foram 159 espécies. O destino de muitos animais encontrados pela Polícia Ambiental é o hospital veterinário em Rio Preto. Os bichos chegam no local bastante debilitados.

Mesmo com todo o cuidado, em média metade das espécies atendidas não sobrevive. Nas alas de recuperação, cerca de 35 animais recebem atendimento dos veterinários. O hospital também está no limite da capacidade.

Nota da Redação: Não há maneira de se sanar o problema a não ser freando a marcha expansionista que restringe mais e mais o espaço de vida dos animais. Mas a reintrodução em áreas ainda preservadas é possível na grande maioria dos casos de apreensões. Nosso desejo portanto seria que os zoológicos, em qualquer situação, assim que terminado o trabalho de recuperação dos animais, se comprometesse com a reabilitação e soltura dos mesmos.