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Vereadores de Osorno, no Chile, propõem a matança dos cães abandonados nas ruas

10 de maio de 2010
2 min. de leitura
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Por Raquel Soldera (da Redação)

Na última sessão da câmara municipal de Osorno, no Chile, os vereadores Alexis Casanova e Orlando Mella propuseram como medida de controle de animais o extermínio de cães de rua. Segundo eles, “o risco para a saúde humana é grande, pois eles podem transmitir doenças”.

Segundo Alexis Casanova, “existem muitos cães de rua que estão doentes. Não é bom prolongar o sofrimento desses animais, sem comida, passando frio e vivendo em estado deplorável. Perante esta situação a eutanásia seria uma opção benéfica para o animal, porque não há condições de vida para nenhum ser vivo”, acrescentou.

Orlando Mella disse que o canil municipal não resolve o problema. “Os legisladores devem proteger os animais ou as pessoas? Que façam uma escolha”, disse ele. “Esta situação põe em risco a segurança das pessoas, sua saúde e integridade. Além disso, ninguém é responsável por cães de rua. Então temos que eliminá-los”, disse, sem hesitação.

Grupos em defesa dos animais rapidamente rebateram a proposta dos vereadores. Carmen Gloria Valderas, presidente do grupo Amigos dos Animais, disse que o extermínio não é a solução, mesmo em casos de doença. Em relação às declarações de Casanova, disse que a proposta do extermínio de animais é vergonhosa, porque ele é um professor, e educa e forma jovens para que, no futuro, sejam responsáveis e respeitem a comunidade em que vivem.

Também a presidente da Sociedade Protetora de Animais, Anny Holstein, tornou pública sua insatisfação. “Os vereadores sabem perfeitamente que eles não podem matar os animais, porque os cães estão protegidos pela nova lei de proteção dos animais. Eu sugiro aos senhores Mella e Casanova que coloquem as mãos no bolso e ajudem a castrar e esterilizar os animais”, disse.

As autoridades devem a esses animais que vivem nas ruas uma saída digna, e não descartá-los como se suas vidas não tivessem valor. Os animais são vítimas do ser humano, de tutores irresponsáveis que os abandonam, e das autoridades, que não tomam providências para dar o devido encaminhamento a esses seres indefesos, com a promoção de campanhas de adoção e de medidas para evitar a multiplicação desses animais nas ruas, sujeitos a situações de perigo e correndo constante risco de morte.

Com informações de PrensAnimalista

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