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Vegetariano 'distribui' saúde e ainda trabalha aos 101 anos em Piracicaba (SP)

19 de julho de 2013
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O rastelo é um dos companheiros de trabalho do aposentado Cirilo Barbosa (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
O rastelo é um dos companheiros de trabalho do aposentado Cirilo Barbosa (Foto: Fernanda Zanetti/G1)

Aos 101 anos de idade, o aposentado Cirilo Ferreira Barbosa é do tipo que esbanja saúde e disposição. Apesar da idade avançada, o senhor franzino é do tipo que não para quieto. Desde que se mudou para Piracicaba (SP) há três anos, ajuda a filha a cuidar de um clube de tênis. Entre suas funções estão a limpeza do local e a manutenção do gramado. Enxada e rastelo são os companheiros de trabalho do idoso, que também já atuou como policial civil e até como cantor erudito.

O aposentado atribui a longevidade ao fato de não comer carnes, não consumir bebidas alcoólicas e ler diariamente a Bíblia. Também assume que a genética ajuda: o pai dele morreu aos 114 anos. Com bom humor, lucidez e muita disposição, o homem relatou que trabalhar é o melhor remédio para evitar qualquer problema de saúde. “Vivo um dia de cada vez, não penso no amanhã”, afirmou Barbosa, que venceu um câncer de pele anos atrás.

O aposentado foi casado durante 70 anos (a esposa morreu aos 90) e tem quatro filhos e 20 netos. “Sou abençoado, tenho uma família maravilhosa. E isso me deixa feliz. A felicidade é o combustível para locomover a vida. Assim como um carro precisa ser abastecido para andar, nós precisamos de felicidade para tocar a vida adiante. E eu sou muito feliz”, disse.

Mundo melhor

Nascido em Barretos (SP) em janeiro de 1912, Barbosa viveu todas as grandes revoluções do século XX, viu guerras acontecerem e atualmente destaca o avanço da tecnologia. “Vivi nos períodos difíceis, quando não havia médicos, energia elétrica e nenhuma das facilidades que existem agora. Hoje o mundo está bem melhor”, disse.

Com tantos anos de vida, o idoso reúne um acervo interessante de histórias para contar. Durante o período em que trabalhou como policial, por exemplo, relatou que presenciou a morte de muitas pessoas. “Também estive próximo de gente perigosa. Foi um trabalho muito difícil, mas que permitiu a minha aposentadoria e me deu uma profissão”, contou.

Cantor erudito

Apesar de estar aposentado desde 1976, o centenário nunca deixou de se movimentar. Segundo Barbosa, ele frequentou uma escola alemã de música em São Paulo e foi cantor erudito. Durante a entrevista ao G1, o aposentado demonstrou as habilidades que ainda possui com a voz. O idoso também sempre se interessou por homeopatia e até hoje cultiva um canteiro com ervas para remédios medicinais.

Com um rastelo na mão e disposição de dar inveja a muita gente mais nova, Barbosa fez questão de mostrar à reportagem que ainda é um homem ágil e com elasticidade corporal. “Quando um idoso acha um dinheiro no chão, por exemplo, ele coloca o pé em cima e pede para alguém pegar. Eu não. Eu abaixo bem rapidinho e pego”, afirmou entre gargalhadas.

Fonte: G1

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