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Vazamento de petróleo da Shell ameaça vida marinha no Mar do Norte

17 de agosto de 2011
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Vazamento aconteceu na plataforma Gannet Alpha, próxima à costa escocesa (Foto: AFP)

O vazamento de petróleo da Royal Dutch Shell na plataforma Gannet Alpha pode ser o pior da década no Mar do Norte.

“As estimativas atuais são de que o vazamento pode ser de várias centenas de toneladas”, afirmou o Departamento de Energia e Mudança Climática. A Shell, por sua vez, estimou que foram derramados 1 300 barris de petróleo, o que corresponde a cinco barris por dia. Como comparação, o derramamento da BP no Golfo do México, em 2010, vazou 70 000 barris por dia, somando 5 milhões de barris de petróleo ao todo.

“Os trabalhos para impedir a saída do petróleo remanescente na tubulação continuam. Avaliamos que a atual taxa de vazamento é de menos de cinco barris por dia”, informou a petrolífera em um comunicado separado, nesta segunda-feira (15).

Grupos expressam preocupação pelo perigo que representa o vertimento para a fauna marinha e aves da região.

Desastre

O óleo da plataforma Gannet Alpha está escapando para o mar desde quarta-feira passada, apesar de a Shell só ter divulgado o incidente na sexta – atitude criticada por organizações ambientais. A empresa afirmou que a quantidade vazada diminuiu depois o vazamento foi fechado, no mesmo dia, mas admitiu que se trata de um “vazamento significativo no contexto anual de óleo derramado no Mar do Norte”.

Se for confirmado que foram vazadas centenas de toneladas, este derramamento de petróleo será o mais devastador no Mar do Norte desde 2000, quando mais de 500 toneladas vazaram, segundo dados do Departamento de Energia e Mudança Climática. “No contexto da UK Continental Shelf, o derramamento é substancial”, disse um porta-voz do departamento, acrescentando que está sendo feita uma reavaliação da dimensão do problema.

“O Mar do Norte deveria ser ultrasseguro por causa de sua localização. A Shell está lançando na Região Ártica um vazamento que será impossível de limpar”, disse Ben Ayliffe, membro do Greenpeace responsável pelas causas ligadas ao petróleo.

O ativista Per Fischer, do grupo Amigos da Terra Escocesa, criticou a companhia pela falta de informação e advertiu sobre a impunidade com a que operam essas firmas.

Com informações da Prensa Latina e Veja

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