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SUPERLOTAÇÃO

Universidade que abriga Caramelo recebe 45 cavalos de cuidador que perdeu galpão e residência no RS

24 de maio de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Devido as fortes chuvas e enchentes que impactaram o Rio Grande do Sul há semanas, 45 cavalos foram abrigados pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas. A instituição é a mesma que cuida do cavalo Caramelo, resgatado de um telhado no dia 9. Os animais de raça foram levados pelo cuidador Matheus Andrade, de 29 anos, que perdeu sua residência e o galpão onde abrigava os animais em um serviço de hotelaria.

Andrade residia no bairro de Mato Grande, no município de Canoas, um dos mais afetados pelas enchentes. Com a chuva atípica iniciando no dia 1º de maio, o pecuarista começou a retirar os animais no dia seguinte, mas sofreu com a falta de logística e o grande volume de água.

Ele explicou que seu estabelecimento, com mais de 10 anos anos, tinha uma estrutura com mais de 30 cocheiras para os animais dormirem. Com o início das chuvas, ele chegou a deslocar os cavalos, mas a medida foi insuficiente.

“Comecei mudando os animais para um parque, achando que a água não chegava ali, levando alguns cavalos. No dia seguinte a água já estava tomando tudo. Perdi minha casa, tudo. Só tinha a roupa do corpo, celular, e os cavalos. Levei umas três noites para tirar todos os animais. Ia montado e levando da forma que dava, com um funcionário e outro cliente. Foi bem cansativo. Quando eu chegava em casa para descansar, meu telefone tocava falando que a água avançava”, detalhou.

Na fazenda-escola da universidade, os 45 cavalos são tratados pelo veterinário Henrique Cardoso. No local, outros animais estão sendo atendidos e alojados até que os donos possam se recuperar das chuvas.

“Os cavalos do Matheus estão aqui para terem um local seco, já que onde estavam está alagado. Eles recebem feno diariamente e pastam no campo”, contou o veterinário.

Apesar do auxílio, ele deseja levar os animais de volta o quanto antes.

“Tá sendo muito complicado, em casa temos um tipo de manejo diferente. Por mais que estejam dando toda a ajuda, cada bicho tem sua baia, não é o mesmo. Agora ficam todos soltos, na chuva, eu entendo isso, a estrutura é diferente. Mas queria ofertar o melhor a eles”, comentou.

Fonte: O Globo

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