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TECNOLOGIA

Tutores de cães e gatos usam câmera para monitorar animais enquanto não estão em casa

Brasil conta com mais de 149 milhões de animais domésticos. Veja vídeos curiosos do que os bichos fazem quando acham que ninguém está vendo.

28 de maio de 2023
6 min. de leitura
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Ragnar late para câmera enquanto tutores monitoram o seu dia. — Foto: Divulgação/Amanda Barcelos

Amanda Barcelos, de 27 anos, é advogada e mora na região de Águas Claras, em Brasília. Ela tem um cão da raça American Bully, chamado de Ragnar, em homenagem aos vikings.

O cachorro completou um ano e para acompanhar o cotidiano dele, Amanda e o marido, o médico Roberto Barcelos, compraram uma câmera babá eletrônica e instalaram no apartamento.

“Como trabalhamos durante o dia, compramos a câmera para ver o que ele estava fazendo e ficar acompanhando. No início ele achou tranquilo, enquanto a câmera ficava parada, ele reagia bem, não se importava muito não”, diz Amanda.

No entanto, cada vez que Ragnar ouvia algum som vindo da câmera estranhava e ficava assustado. “Quando a gente mexia a câmera pelo celular e ele via, ele se assustava e começava a latir para a câmera. Quando a gente falava com ele, ele começava a latir muito. Então a gente optou por não falar, porque acho que ele assustava com o áudio da câmera”, conta a advogada.

Ragnar, que toma banho a cada 15 dias e tem cerca de três passeios diários com os tutores, antes e depois do horário de trabalho de Amanda e Roberto. Aos sábados, vai ao parque.

De acordo com Amanda, ele ama comer banana e cenoura e não deixa de lado dois brinquedos favoritos: um osso e uma bolinha.

“A gente criou um vínculo com o Ragnar muito grande em pouco tempo. Inclusive ele está sendo adestrado agora”, diz Amanda.

Bono, Baby, Sol e Bambu

Bono é um Maltês de 17 anos (veja vídeo acima). O nome é uma homenagem ao cantor Bono Vox da banda U2.

Sua tutora, a cinegrafista Luísa Baron, de 30 anos, cuida ainda de três gatos que são da mãe dela:

🐈 Baby: tem 3 anos, foi adotado em 2020;

🐈 Sol: tem 9 anos, foi resgatada no portão da casa da mãe da Luísa;

🐈 Bambu: tem 5 anos e foi adotado em 2021.

Para monitorar a bicharada enquanto trabalha, Luísa também instalou uma câmera no apartamento onde mora, na Asa Norte. Bono é a maior preocupação por estar idoso, quase cego e usar fraldas.

“Ver se ele tem comido, bebido água, se as fraldas não caíram. Vejo se ele está dormindo, se está nervoso ou se acabou se prendendo em algum lugar da casa”, conta Luísa.

Bono apresenta sinais de demência, de acordo com Luísa. Ele toma remédios para o coração e para dormir melhor.

Como não enxerga muito bem, a presença da câmera passou despercebida. Mas como o modelo de equipamento escolhido pela cinegrafista também tem possibilidade de mandar áudio, o cachorro fica agitado ao ouvir a voz de Luísa, da mãe e da irmã dela, que também têm acesso ao “BBB dos animais”.

“Quando eu falo, às vezes ele demonstra interesse. Se está nervoso, aos poucos ele vai se acalmando. Já quando minha mãe fala, ele já fica mais agitado e procurando por ela”, diz a tutora.

“Eles são parte da nossa família. Se algum adoece, a preocupação e o sofrimento é imenso. Sinto tanta falta deles quando passo mais de um dia longe de casa”, conta. Bono acompanha Luísa desde que ela tinha 12 anos.

“Eu passei pelo ensino fundamental, ensino médio, faculdade, trabalhos, fui morar sozinha, com ele sempre por perto! Ele está comigo há mais da metade da minha vida! É um amor incondicional! Admito que amo meus filhos mais que do muitas pessoas que conheço”, revela.

Cão e gatos de Luísa Baron

Fotos do cão — Bono — e dos gatos — Sol, Bambu e Baby — de Luísa Baron.
Cão e gatos de Luísa Baron

Conforme o Censo Pet IPB, em 2021 o país somava quase 150 milhões de animais domésticos. O ranking é liderado pelos cães. Confira:

  • 58,1 milhões de cachorros;
  • 41 milhões de aves canoras (que cantam);
  • 27,1 milhões de gatos;
  • 20,8 milhões de peixes;
  • 2,5 milhões de répteis e mamíferos

De acordo com o levantamento Radar Pet, também de 2021, desenvolvido pela Comissão de Animais de Companhia do Sindan (Comac), o resgate e a adoção são mais frequentes nos tutores de gatos, que representam 84% dos animais da pesquisa. Além disso, o levantamento destaca que 30% de todos os animais analisados foram adquiridos durante a pandemia de Covid-19.

Nota da Redação: A ANDA alerta que não é saudável para os animais ficarem muitas horas sozinhos. E deixar um animal doméstico muitas horas sem assistência e cuidados básicos, pode configurar maus-tratos.

Fonte: g1

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