Uni faz parte da família há seis anos, tempo suficiente para ser o “amor da vida” do Opa, como é carinhosamente chamado pelos parentes mais próximos. “Eles são parceiros inseparáveis. Desde que foi adotada, Uni acompanha o meu pai em todos os momentos, na roça, nos passeios vespertinos, durante as sessões de cinema em casa. Ele é o seu facilitador de petiscos, tanto que durante a estadia dele aqui no hospital, ela emagreceu”, destacou a filha do paciente, Shirley Tillmann.

Após o diagnóstico e a impossibilidade de alta, o intensivista Dr. Marcelo Monteiro em parceria com a equipe do Centro de Terapia Intensiva Adulto (CTI Adulto) intermediaram com a família a visita de Uni, cumprindo todos os protocolos de segurança e requisitos sanitários exigidos por lei.

De acordo com a supervisora do CTI Adulto, Soraya Bachmann Sousa, a visita foi articulada para melhorar o ânimo e tranquilizar o paciente, que se emocionou ao receber a visita especial. “Além de amenizar a saudade entre o senhor Emanuel e a pequena Uni, a visita também encheu o coração da equipe de esperança e gratidão e, certamente, irá impactar positivamente no tratamento”, afirmou.

“Ele sentia muita falta da Uni, tenho certeza de que esse reencontro vai fazer muito bem para ele. Fiquei muito feliz, porque era tudo o que ele queria. Ele ficou feliz e o que eu puder fazer para vê-lo feliz eu vou fazer. A visita fez bem para toda família, inclusive para mim”, ressaltou Ringard Tillmann, esposa de Emanuel.

Estudos apontam que a interação entre cães e pacientes têm efeito calmante e antidepressivo, além da redução da pressão sanguínea e cardíaca, melhoria do sistema imunológico e do bem-estar geral. As visitas dos animais são autorizadas pela instituição em todas as unidades, desde novembro de 2017, quando foi desenvolvido um protocolo específico com uma série de cuidados a serem seguidos pelos visitantes.