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Treze países vão receber 380 milhões de dólares para travar extinção do tigre

25 de novembro de 2010
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Putin apelou à comunidade internacional para salvar o tigre da catástrofe (Foto: Ria Novost/Reuters)

Os treze países onde ainda vivem tigres selvagens vão receber 380 milhões de dólares (284 milhões de euros) ao longo de cinco anos para travar a extinção da espécie, segundo o que foi acordado na cimeira de São Petersburgo, Rússia.

“Este é um acontecimento histórico. É como um sonho que se torna realidade”, comentou ontem, entusiasmado, o responsável pela delegação indiana, Satya Prakash Yadav, na sessão de encerramento da cimeira.

O financiamento de 380 milhões de dólares (284 milhões de euros) deverá ser aplicado na concretização de um plano de ação mundial para a espécie.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin – que apelou à comunidade internacional para salvar o tigre da “catástrofe”-, quatro dos seus homólogos da Ásia (China, Laos, Nepal e Bangladesh), bem como Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial que monitoriza o financiamento dos programas de proteção da fauna, participaram na cimeira de quatro dias em São Petersburgo.

“O fórum atingiu o seu objectivo. Agora é altura de transformar as decisões em ações no terreno”, salientou Yadav.

A cimeira, a primeira reunião de chefes de Governos e organizações internacionais para a salvaguarda de uma única espécie, conseguiu desbloquear 380 milhões de dólares (284 milhões de euros) em cinco anos para concretizar um plano de ação mundial. O montando que a reunião iria pedir, inicialmente, era de 350 milhões de euros (261 milhões de euros).

Mais de 200 milhões de dólares (149 milhões de euros) poderão vir de Estados e de fundos – entre os quais a Alemanha (29 milhões; 21,6 milhões de euros), Estados Unidos (onze milhões; 8,2 milhões de euros) e a organização WWF (53 milhões; 39,6 milhões de euros) – e 180 milhões (134 milhões de euros) serão obtidos sob a forma de créditos, nomeadamente 120 milhões (89,2 milhões de euros) do Banco Mundial.

Mas para John Robinson, vice-presidente da Sociedade de Preservação da Natureza Selvagem, o principal resultado da cimeira é o “consenso” entre os países onde vivem os tigres. “O Banco Mundial e os principais doadores esperavam uma mensagem única dos países. Essa mensagem foi formulada. Estou muito otimista”, declarou Robinson.

Esta terça-feira foi lançado um consórcio internacional para a proteção do tigre, reunido a Interpol, CITES, departamento da ONU contra a droga e o crime organizado e os serviços de fronteira dos Estados em causa. No mesmo dia, os participantes na cimeira aprovaram uma declaração que tem como objetivo “duplicar o número de felinos até 2022”. O seu número caiu, no espaço de um século, de cem mil para 3200 e três sub-espécies chegaram mesmo a desaparecer completamente.

Fonte: Ecosfera

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