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Tratador que dançou funk em cima de cavalo é indiciado por maus-tratos

16 de junho de 2013
3 min. de leitura
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Foto mostra cigarro aceso na narina de cavalo, em Bela Vista de Goiás (Foto: Divulgação/Dema)
Foto mostra cigarro aceso na narina de cavalo, em Bela Vista de Goiás (Foto: Divulgação/Dema)

A Polícia Civil indiciou por abuso contra animal as quatro pessoas flagradas em um vídeo dançando funk sobre um cavalo deitado, em Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Entre eles está o tratador do animal, que também responderá por maus-tratos, suspeitos de ter colocado um cigarro aceso nas narinas do equino.

Vídeo de jovens dançando funk em cavalo deitado causou polêmica (Foto: Reprodução/Facebook)
Vídeo de jovens dançando funk em cavalo deitado
causou polêmica (Foto: Reprodução/Facebook)

Concluído na última quinta-feira (13), o caso foi remetido à Justiça. O vídeo dos jovens dançando sobre o cavalo e fotos do animal com cigarros nas narinas constam no inquérito policial.

Em depoimento à polícia, o vaqueiro responsável pelo cavalo alegou ter colocado o cigarro apagado nas narinas do animal. Na versão dele, outra pessoa o teria acendido. “Mas ele autorizou e até incentivou, segundo alguns dos depoentes, as pessoas a subirem no animal”, disse Carvalho.

O suposto crime ambiental ocorreu no último dia 2, após a cavalgada de abertura da exposição agropecuária da cidade. A divulgação das imagens causou comoção entre internautas, revoltados com o que foi feito ao animal imobilizado. Os jovens que participaram da ação alegaram à polícia ter ingerido bebida alcoólica naquele dia.

“Animal não é um objeto. Ele é um ser vivo e sente dor. Subir na barriga de um cavalo para dançar ou fazer flexões fere o senso da razoabilidade”, argumenta o delegado.

Vídeo

No vídeo divulgado nas redes sociais, um homem de camisa amarela, identificado pela polícia como o tratador, aparece segurando o animal deitado no chão em uma calçada. Ao som de funk, uma jovem sobe no cavalo e dança por cerca de 20 segundos. Várias pessoas assistem à cena. Ela desce e alisa o equino.

Em seguida, um rapaz faz flexões sobre o cavalo. Assim que ele termina, um jovem sem camisa sobe e dança por alguns segundos. Por último, o homem que controlava o animal também se requebra sobre ele.

Adestrado

Luziano informou que tanto o vaqueiro quanto o cavalo são bastante conhecidos na cidade. À polícia, o tratador – que aparece nas imagens de camisa amarela – disse que não estava maltratando o equino. Segundo ele, o animal é adestrado e obedece a seus comandos, como deitar e se fingir de morto.

Um veterinário fez uma inspeção visual e constatou que o animal apresentou características saudáveis e aparentava estar bem cuidado. O cavalo foi apreendido, mas permanecerá no local onde vive. “Deixamos o dono da fazenda, que também é tutor do bicho, como depositário”, explica o delegado.

Segundo o delegado, a Lei de Crimes Ambientais trata sobre a questão do abuso no artigo 32, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção e multa, que pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil. A mesma punição é aplicada para o casa de maus-tratos.

Fonte: G1

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