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Terra, nossa imensa Ilha da Páscoa

23 de dezembro de 2009
2 min. de leitura
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Siegmar Metzner – Curitiba
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O mundo esquece rapidamente suas lições. Em prol do progresso só iremos sossegar quando a última árvore tiver sido derrubada e a última espécie viva ter sido dizimada.

Enquanto isso continuamos erguendo nossos “moais’” cada vez mais gigantes para impressionar um ao outro. E, vez ou outra, faremos reuniões para determinar uma nova data para pôr fim à nossa própria destruição. COP-15 hoje, amanhã será o COP-20, se chegarmos lá, naturalmente.

A estupidez humana não tem limites, enquanto houver recursos naturais a serem explorados, nenhum país medirá esforços para esgotá-los,custe o que custar.

As poucas vozes silenciosas que tentam se fazer ouvir acabam se calando diante da estupidez daqueles a quem chamamos de “líderes mundiais”.

Acordos sem credibilidade alguma são assinados nestes encontros, que nada mais são do que uma mera reunião informal entre amigos.

Enquanto isso, rios continuarão sendo desviados, florestas naturais inteiras continuarão sendo derrubadas e indústrias cada vez mais poluentes serão construídas e lançarão seus gases tóxicos em nossa atmosfera, mas tudo sendo maravilhosamente camuflado.

A população, por sua vez, irá contribuir à sua maneira, não tendo mais onde descartar seu lixo, qualquer lugar será satisfatório, afinal os rios já estão mortos de qualquer maneira, e o que importa é o progresso e nosso bem-estar.

Somos todos hipócritas, alguns ainda hoje negam ter existido o holocausto, enquanto estamos indo em direção ao nosso próprio extermínio.

E, nessa história, “os nazistas” atuais, disfarçados de grandes líderes, continuam querendo, cada um mostrar ao outro quem é a raça mais produtiva e mais avançada. Nós, no momento um pequeno país emergente,”os novos Rapanuis”, com nossa maravilhosa camada de pré-sal recém-descoberta, queremos, por meio de “nosso grande líder”, dar lições ao mundo.

E de antemão é lícito afirmar que iremos começar a contribuir com a destruição da nossa ilha da Páscoa, estamos apenas começando a erguer nossas imensos “moais”.

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