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PRESERVAÇÃO

Tamanduá-bandeira e filhote são vistos em área de reflorestamento

10 de outubro de 2021
Ana Cristina | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foi em uma área de restauração florestal do parque da Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar – Apoena, em Presidente Epitácio (SP), que a mamãe tamanduá-bandeira foi flagrada carregando seu filhote nas costas.

A espécie, até então, tinha desaparecido da área havia muitos anos e, agora, está retornando aos poucos.

Reprodução: Portal G1

O ambientalista e presidente da Apoena, Djalma Weffort, também responsável pela gravação do vídeo, explicou para o portal G1 que isso tem acontecido de uns tempos para cá, há aproximadamente quatro anos, em decorrência da restauração florestal que é feita na área, que é o que tem possibilitado a volta da fauna silvestre.

Weffort ainda acrescenta que a aparição da tamanduá-bandeira significa que o animal tenha voltado a se sentir seguro e protegido naquela área.

“A restauração da vegetação permitiu que a mãe se sentisse segura para vir com o filhote em busca de alimento. Ela estava andando tranquilamente, em nenhum momento se mostrou amedrontada ou coagida. A vegetação em volta contribuiu muito com isso. Caso não tivesse a vegetação, provavelmente ela teria fugido”.

Este retorno para o presidente é reflexo dos reflorestamentos e dos corredores ecológicos que estão sendo implantados no Oeste Paulista, demonstrando que a restauração florestal é importante para a fauna e que o local tem se tornado seguro para os animais.

Além de ser uma comprovação da importância do reflorestamento, o retorno da espécie emocionou os trabalhadores que se dedicaram para restaurar a região. “É a recompensa pelo trabalho, é a melhor retribuição que a gente poderia ter. Estava fazendo uma caminhada e escutei alguns barulhos de galhos, foi quando a vi. Fiquei de longe vendo ela encontrar um novo habitat, onde antes ela não se sentia segura”, contou Weffort para o G1.

Conheça mais sobre este mamífero

Conhecido no meio científico como Myrmecophaga tridactyla, o tamanduá-bandeira são seres insetívoros, ou seja, que consomem animais invertebrados. Sua alimentação é baseada apenas em formigas e cupins.

Para realizar as refeições, o animal utiliza suas garras poderosas para abrir os cupinzeiros e os formigueiros e introduzem a longa língua, com diâmetro entre 1cm e 1,5cm, que pode se projetar a 60cm para fora da boca, dentro do amontoado. Os insetos ficam grudados na língua e, desta forma, o animal apenas os engole.

De acordo com o portal, os tamanduás-bandeira são os únicos mamíferos terrestres que não possuem dentes. Os tatus e preguiças possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte. Seu comprimento da cabeça e do corpo é de 1 a 1,2 metro. Só de focinho são quase 45 centímetros e tem ainda a cauda, com 60 a 90 centímetros. A cauda tem pelos longos que formam uma espécie de bandeira, o que serviu para adjetivação de nome vulgar.

Foto | Reprodução: Instituto Jurumi

Por ser um animal de hábitos diurnos, desajeitado e de visão e audição muito limitadas, quando se sente ameaçado pode fugir em galope. Sua única forma de defesa é o famoso abraço de tamanduá, na qual faz uso de articulações extras e levanta as patas dianteiras, apoiando o peso num tripé formado pelas duas patas traseiras e a cauda.

Mas, apesar de seus pontos fracos, o animal possui um olfato apuradíssimo, o que o ajuda a identificar situações de perigo. O tamanduá-bandeira também suporta certa proximidade com o homem, sobrevivendo em áreas de lavouras e até perto de cidades.

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