“Os veganos é que me desculpem, mas bacon é fundamental”. Após esta publicação na página do Facebook do Truits Bacon Bar no dia 20 deste mês, não se fala em outro assunto na Capital. Cumprindo o dever do jornalismo e buscando a imparcialidade no assunto, o Diário Digital conversou na tarde de hoje com a psicóloga Jaqueline Andrade, de 31 anos, que é ativista desde 2003 e vegana há onze. “A alimentação do vegano é vegetariana”.
A pessoa vegana procura no dia a dia aplicar os direitos animais. A aplicação dos direitos animais é o máximo possível que a gente consegue numa sociedade quase que é totalmente pautada em exploração animal. Por isso, nossa alimentação não contém nada de origem animal e procuramos também algo tenha qualquer exploração no processo”, explica Jaqueline. Além da aprovação de médicos, nutricionistas, as Organizações das Nações Unidas (ONU), afirmam que é possível a alimentação vegetariana e recomendam como enfrentamento aos problemas climáticos enfrentados, com o objetivo de diminuir os impactos causados no Planeta. Em 2014, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha informando que essa alimentação é possível e saudável. Respeito – “Eu não posso e nem quero impor o que defendo, só peço que respeite. A partir do momento que fazem piada de uma causa que eu acredito, eu tenho voz, e eu tenho direito de falar.
Eles já fizeram outras brincadeiras e não nos incomodamos, mas a partir do momento que citam os veganos, se torna uma brincadeira direcionada. Cada um tem uma forma de fazer o marketing do seu estabelecimento, mas não é legal brincar com algo que machuca o outro”, diz. Acompanhando as publicações é possível encontrar declarações acaloradas sobre o assunto. “Muitos disseram que nós, vegamos, somos extremistas. Extremismo há em todos os segmentos.
Sei que algumas publicações foram mais fortes. Não concordo, mas entendo porque pra nós esse tipo de brincadeira dói, então o sentimento fica aflorado”, lamenta Jaqueline. Para ela, o balanço desta publicação deve ser reflexivo. “Conflito significa oportunidade. A gente pode aproveitar essa oportunidade para ter um debate saudável porque todo mundo tem o que aprender e o que ensinar. Então peço que todos reflitam”, conclui.
Fonte: Diário Digital
