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Situação dos animais abandonados em cidades de Alagoas é preocupante

1 de outubro de 2013
3 min. de leitura
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Por Rafaela Pietra (da Redação)

Abandono de animais em Alagoas é grande - Foto: Jonathan Lins/G1
Abandono de animais em Alagoas é grande – Foto: Jonathan Lins/G1

Todos os dias, milhares de animais são vítimas do abandono no Brasil. Nas ruas, estes animais buscam abrigo em locais perigosos, correm riscos e estão sempre à mercê de maus-tratos ou de atropelamentos. Sem cuidado, procriam indiscriminadamente e são vítimas constantes do frio e da fome.

O estado de Alagoas tem 102 municípios e apenas Maceió e Arapiraca possuem políticas de resgate e castração de animais. Na capital, apenas quatro veterinários são contratados e estão aptos a realizar cirurgias de esterilização. Com uma necessidade crescente, o trabalho dos profissionais se torna insuficiente, não gerando resultados.

De acordo com o G1, no mês de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e os responsáveis pela zoonose de Maceió firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para ampliar e fazer adequações, além do comprometimento de não matar animais saudáveis. No entanto, segundo a assessoria de comunicação da SMS, houve a troca de secretário da pasta e o novo titular, Jaelson Gomes Ferreira, vai se inteirar de todos os projetos e acordos firmados na gestão anterior. Até o momento, nenhuma ação foi iniciada.

Segundo Cristiane Leite, presidente da Comissão do Meio Ambiente e Bem-Estar Animal da Ordem do Advogados do Brasil em Alagoas, o TAC firmado em Maceió foi um grande avanço, mas é preciso muito mais. Ela afirma que, em 2010, ocorreram várias denúncias de que o centro de zoonoses da capital matava os animais saudáveis e muitos filhotes.

Animais dividem espaço com banhistas e turistas nas praias - Foto: Jonathan Lins/G1
Animais dividem espaço com banhistas e turistas nas praias – Foto: Jonathan Lins/G1

 

A advogada reforça que, em outros municípios do estado, a situação dos animais é alarmante. Em alguns deles, segundo ela, não há sequer veterinários. “Recebemos informações de que animais são mortos de qualquer maneira e por qualquer pessoa, o que é um absurdo”, afirma.

Outro grande problema é a falta de informação da população. Muitos tutores deixam seus animais nas ruas, correndo riscos de morte e maus-tratos. Sem cuidados, os animais procriam e, quando seus filhotes nascem, são abandonados.

Essa é a situação encontrada em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió. Segundo o secretário de Saúde, Augusto César Júnior, programas estão sendo implementados para resolver o problema. De acordo com ele, existe um projeto, já aprovado pelo prefeito, para a construção de um canil com dez boxes, que daria para abrigar até 30 cães, e um gatil para seis gatos. “Nós estamos buscando um terreno, já que tem que ser afastado das casas, mas acredito que isso não vai demorar tanto e o canil deve estar funcionando em janeiro de 2014”, declarou o secretário.

ONGs lutam para diminuir número de animais abandonados
Sem poder fechar os olhos para o sofrimento dos milhares de animais nas ruas da cidade, entidades como o Núcleo de Educação Ambiental São Francisco de Assis (Neafa) são a esperança de um futuro diferente para cães e gatos em Maceió.

A  ONG, que tem o objetivo de resgatar e reabilitar animais abandonados e vítimas de maus-tratos, não recebe nenhuma colaboração governamental, vivendo exclusivamente de doações. Além dos resgates, a ONG ainda desenvolve um trabalho de conscientização para a guarda responsável de animais e feiras de adoção.

Para ajudar e conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela entidade, acesse neafa.org.br.

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