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Seriema vítima de atropelamento ganha prótese em Uberaba (MG)

3 de junho de 2013
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Ave foi atropelada há um mês em uma rodovia da região (Foto: Reprodução/TV Integração)
Ave foi atropelada há um mês em uma rodovia da
região (Foto: Reprodução/TV Integração)

Famoso na cidade de Uberaba por ousar em criações que contribuam para a locomoção de animais vítimas de acidentes, o médico veterinário Cláudio Yudi inovou novamente. A paciente da vez foi uma seriema adulta que havia sido atropelada em uma rodovia da região há um mês. A ave foi encaminhada ao hospital veterinário da cidade e, após os exames, o médico constatou uma fratura e criou uma prótese para auxiliar o animal a andar.

Segundo o especialista, a prótese não é definitiva. Ela foi feita de cano de PVC e por baixo foi colocada uma lixa antiderrapante. Tudo feito com o intuito de ver se o animal se adaptaria. O apoio definitivo será feito de material metálico em breve, por ser mais resistente.

A ideia foi um sucesso e a adaptação superou as expectativas,  embora a primeira consulta não ter sido fácil. Para fazer os procedimentos, a ave teve que ser sedada, pois é muito agitada. Depois da constatação da fratura, a complexidade do problema exigiu uma cirurgia de amputação. Apenas depois de um mês de recuperação, foi colocada a prótese moldada para adaptar a perna da seriema. “Ela se recuperou muito bem da cirurgia e após a colocação da prótese ela também foi rápida na adaptação, tanto é que ela já está agressiva para pegar”, comentou Cláudio.

A seriema não poderá ser solta ao seu habitat natural, já que vai precisar estar sempre em observação. Por isso ela ficará em um Posto Avançado de Tratamento.

Ainda de acordo com Yudi, a seriema é a ave que mais sofre atropelamentos no Brasil. “Como vivem e andam sempre em casal, geralmente quando uma é atropelada, a outra, que fica ao redor, acaba sendo também”, afirmou.

Fonte: G1

Nota da Redação: Diariamente noticiamos na ANDA casos de atropelamentos de animais, silvestres ou domésticos, pelas estradas do Brasil. Enquanto não houver um projeto de corredor ecológico capaz de conter os atropelamento de animais nas pistas, uma grande quantidade de animais, e muita gente vai continuar se acidentando e até morrendo. Os animais precisam ser considerados. A tecnologia e o conhecimento podem e devem ser usados para resolver situações como essa, infelizmente ainda tão comuns, garantindo a segurança não apenas dos animais, como dos motoristas e passageiros.

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