EnglishEspañolPortuguês

Sea Shepherd solta balões de vigilância no Oceano Antártico

11 de janeiro de 2011
4 min. de leitura
A-
A+

Relatório do Capitão Paul Watson
Traduzido por Raquel Soldera (da Redação)

O Mar de Ross está começando a se abrir, e a Sea Shepherd está assistindo a esta estreita abertura com muito cuidado para ver se o Nisshin Maru tentará passar. A Sea Shepherd sabe que os baleeiros querem passar por lá, e o gelo deste ano atrasou a sua entrada até agora. Felizmente para as baleias, a porta através do gelo é estreita no momento.

A frota baleeira japonesa este ano é composta por apenas quatro navios, incluindo o Nisshin Maru e seus três barcos caçadores assassinos. Ao invés de deixar o Shonan Maru 2 como o barco de segurança, o Japão colocou como guardas armados os navios baleeiros existentes.

Dois dos barcos caçadores, o Yushin Maru 2 e o Yushin Maru 3, estão atrás da Sea Shepherd desde 31 dezembro de 2010, quando nos encontramos pela primeira vez. A Sea Shepherd pode afirmar com absoluta certeza que nem um desses navios japoneses matou uma baleia nesta temporada. Está de fora justo o Yushin Maru 1, que presumivelmente está com a Estrela da Morte de Cetáceos, também conhecido como Nisshin Maru. No entanto, o Nisshin Maru está correndo para o oeste, durante oito dias, e teve pouco tempo para parar e matar baleias, enquanto tenta ficar à frente do navio Gojira e do helicóptero Nancy Burnet, da Sea Shepherd.

Os tripulantes Larry Routledge e Ben Wilson enchem um balão com gás helio (Foto: Barbara Veiga/ Sea Shepherd)

A Sea Shepherd tem outro dispositivo de vigilância que tem sido utilizado na Operação Sem Conciliação: balões meteorológicos de alta altitude com câmeras e detectores de radares. Esta tecnologia nos permite manter o controle sobre o navio-fábrica a mais de 150 quilômetros de distância.

Existe a possibilidade do Yushin Maru 1 estar caçando baleias, mas com a rapidez que o Nisshin Maru tem se movimentado, cerca de 1.400 milhas ao longo dos últimos oito dias, parece não haver tempo suficiente para localizar, caçar, e transferir as baleias. No pior dos casos, ter dois dos três barcos assassinos neutralizados prejudicou a frota baleeira, enquanto o terceiro está correndo e dificilmente em condições de entregar a sua quota diária para o navio-fábrica.

Isto também significa que, a cada dia, esses quatro navios estão queimando uma grande quantidade de combustível, e em algum momento o Nisshin Maru e seu pequeno grupo de arpoadores terão de reabastecer. A Sea Shepherd pretende interferir em qualquer tentativa de reabastecimento. É ilegal reabastecer navios de grande porte abaixo de 60 graus ao sul, e fazer isso seria uma violação ao Tratado da Antártida.

A frota baleeira tem agora um grande problema. Se eles afastarem os seus barcos arpoadores da cauda do Bob Barker e do Steve Irwin, ambos os navios da Sea Shepherd estarão livres para caçar o Nisshin Maru, sem ninguém na nossa traseira constantemente informando a nossa posição. Se não afastarem seus barcos, eles ficarão sem dois barcos assassinos durante a temporada, o que vai custar-lhes uma grande quantidade de dinheiro.

Um balão flutua acima do Oceano Antártico (Foto: Simon Ager/ Sea Shepherd)

Uma evidência da má condição financeira da frota baleeira é que eles foram obrigados a implantar arpoadores para seguir os nossos navios, e, no passado, empregaram um navio de segurança específico, como o Shonan Maru 2 ou o Fukuyoshi 68, deixando os arpoadores livres para matar baleias. A frota baleeira perde de uma ou outra maneira: nos seguindo, ele perdem, e retirando-se, eles perdem.

Enquanto isso, o Gojira está livre de perseguições e, portanto, capaz de pesquisar a posição do Nisshin Maru por radar, e de olho no céu, nos balões meteorológicos.

Dia 7 de janeiro foi o nono dia desde que a Sea Shepherd encontrou pela primeira vez os navios da frota baleeira japonesa. Os baleeiros japoneses estão rapidamente ficando sem tempo para garantir a sua cota de matança. Acho que podemos dizer com confiança que este será um ano financeiramente desastroso para os baleeiros, e um ano humilhante para o governo japonês, por não remover a Sea Shepherd como a pedra no sapato de sua indústria baleeira desprezível.

Você viu?

Ir para o topo