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Rio Tâmisa de Londres tem focas e baleias 50 anos após 'morte' por poluição

26 de agosto de 2015
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Cientistas da ZSL calculam que quase 700 focas comuns vivam no estuário do Tâmisa (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)
Cientistas da ZSL calculam que quase 700 focas comuns vivam no estuário do Tâmisa (Foto: Zoological Society of London (ZSL)/Divulgação)

O rio Tâmisa, que cruza a capital britânica, Londres, já foi chamado de “O Grande Fedor” e declarado “biologicamente morto”, mas atualmente, vive uma espécie de renascimento.
A Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês) afirma que, nos últimos dez anos, foi informada sobre o avistamento de 2.732 mamíferos de grande porte.
Focas são os animais mais vistos, com registro de vários espécimes inclusive na região de Canary Wharf, conhecida por seus modernos arranha-céus.
Também foram documentados no rio 444 botos e golfinhos, além de 49 baleias.
“Muitos olham para o Tâmisa e veem um ambiente turvo e sujo. Mas, na verdade, sob a superfície, está cheio de vida. Temos uma enorme variedade de peixes, invertebrados e grandes predadores”, afirmou Joanna Barker, gerente europeia de projetos da ZSL.
Em 1957, o Tâmisa andava tão sujo que autoridades o declararam “biologicamente morto”. A situação era pouco melhor do que um século antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de “Grande Fedor”.
Rio acima
Hoje, a situação mudou tanto que cada vez mais animais se aventuram rio acima. Focas já foram vistas até em localidades no sudoeste, além do centro de Londres, como Teddington e o palácio de Hampton Court.
Grandes grupos de golfinhos e botos também já foram avistados perto de Kew Gardens e Deptford.
Em 2006, uma baleia-bico-de-garrafa causou burburinho ao nadar o rio até a altura do centro de Londres. Ela acabou morrendo.
Outras baleias mais saudáveis já foram vistas nos arredores de Gravesend, no condado de Kent.
“O fato de termos visto tantos animais na região central de Londres indica que os estoques pesqueiros são grandes o suficiente para alimentar estes grandes predadores”, afirmou Barker à BBC.
Além de compilar uma lista de avistamentos enviados pelo público, a equipe da ZSL também realiza pesquisas detalhadas sobre focas no estuário do Tâmisa.
Nos três últimos anos, os cientistas vêm usando barcos e até aviões para monitorar o número de focas no rio.
Eles estimam que até 670 focas-comuns vivam no estuário. O número de focas-cinzentas é desconhecido, mas elas também parecem estar se proliferando na região.
“Essa é uma região bastante abrigada, se comparada ao Mar do Norte, e há diversos ambientes e habitats diferentes para mamíferos marinhos”, afirmou Barker. “Por isso, consideramos Londres e o estuário do Tâmisa um ambiente importante para estas espécies.”
A ZSL pede a colaboração de todos para enviarem fotos e outros registros de avistamento de mamíferos marinhos no Tâmisa.
Fonte: G1

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