Por meio de um aplicativo chamado “Ambiental SC”, o governo permitirá que caçadores se cadastrem para assim contabilizar a quantidade de animais exterminados no estado.
O javali é visto como uma “praga”, pois segundo produtores rurais interfere em processos da sucessão de regeneração de matas, causa danos a diversos tipos de cultivos, depredar ninhos e destrói tocas e de contamina nascentes difusas em áreas de várzeas.
Por esses motivos, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) apoiou a portaria que autoriza a caça e classifica a presença de javalis algo extremamente prejudicial para as lavouras da região.
Mais uma vez o interesse humano se sobrepõe à vida e bem-estar dos animais, uma vez que produtores rurais além de degradar a natureza desmatando milhares de áreas florestais para produção agrícola, assassina animais que tentam sobreviver em uma natureza que já não é mais habitada por animais e sim por humanos.
Atualmente, a caça ao javali é permitida pelo IBAMA desde 2013, essa espécie não é nativa da fauna brasileira e por isso não existem predadores naturais no Brasil. Estes animais europeus foram introduzidos no Rio Grande do Sul na década de 90 e tiveram sua criação permitida por órgãos do governo, a princípio para servir como carne “exótica”.
A carne do javali não foi bem recebida pelos brasileiros, e por isso, sem medidas preventivas de controle e fiscalização eficientes, os javalis eram soltos por antigos criadores ou fugiam e encontravam um ambiente favorável para reprodução, ao longo dos anos, a população de javalis cresceu massivamente. Agora a espécie é considerada uma “praga invasora” e como resultado, milhares de animais agora são injustamente submetidos à perseguição e a uma morte cruel como “solução” para um problema que foi causado e perpetuado pelo homem.