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RESSOCIALIZAÇÃO

Reeducandos de presídios de São Paulo cuidam de animais abandonados e melhoram comportamento

31 de março de 2022
Thayanne Magalhães l Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração / Getty Images

O Estado de São Paulo resolveu adicionar  canis e gatis  nos presídios para que os reeducandos em regime semiaberto possam ter uma boa relação entre eles e os animais e avancem no processo de reintegração social.

Dois centros de detenção do Estado de São Paulo já adotam esse processo. Nas cidades de Tremembé e Taubaté foram instalados canis e gatis que abrigam animais abandonados. O contato com os cãezinhos e gatinhos tem mudado o comportamento dos detentos, que se tornam mais afetuosos convivendo com o amor dos animais.

O objetivo da ação, segundo informou o Canal do Pet, é oferecer apoio ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que resgata os animais em situação de rua e leva para os presídios, já castrados, vermifugados e vacinados, proporcionando a ressocialização dos detentos por meio do contato e cuidado com os cães e gatos. Os reeducandos ficam encarregados de dar banho e tosar os pelos , alimentar e também precisam limpar o espaço após todas as atividades concluídas. E claro, o cuidado e carinho pelos animais está presente em todas as etapas.

Outro ponto, é que os detentos cuidam dos animais temporariamente, pois os cães e gatos são levados semanalmente para feiras de adoção responsável. E caso algum animal seja adotado, sua nova família ainda recebe uma casinha para seu novo integrante, construída por reeducandos de uma terceira penitenciária paulista, localizada na cidade de Caraguatatuba.

Em nota, a Secretária da Administração Penitenciária disse que “os sinais de melhora na questão emocional são percebidos tanto nos cães e gatos, como nos reeducandos”.

“Alguns dos gatos abrigados no gatil já estavam nos arredores do presídio, mas eram agressivos, arredios e não interagiam com as pessoas. Agora, sob os cuidados dos detentos, já estão mais dóceis, menos agitados e aceitando a presença humana com mais naturalidade”, diz a nota.

O texto destaca ainda uma mudança visível no comportamento dos internos. “Até mesmo os detentos que trabalham em outras frentes na unidade demonstram afeto pelos animais”, defende o diretor do CDP de Taubaté, Claudio José do Nascimento Brás.

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