acabam morrendo no local
(Foto: Adailton Paulino/Arquivo pessoal)
As queimadas que atingem a Vila Campos Novos, no município de Iracema, interior de Roraima, mataram diversos animais silvestres, de acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfog). Veados, tatus, cobras, jabutis e antas estão entre alguns dos bichos mortos. Os próprios moradores teriam ateado fogo para a ‘renovação do pasto’.
As fotos foram publicadas no Facebook pelo gerente do Prevfogo em Roraima, Adailton Paulino, e comoveram internautas. “É de se chocar mesmo. Além dos animais silvestres, há pássaros que morreram. Os lençóis de águas que abastecem a região foram danificados pelo incêndio e a vila ficou sem água. Não temos ainda a dimensão de área afetada pelo fogo. Isso é imensurável. Sabemos que região foi completamente prejudicada”, afirma Paulino.
Os internautas não pouparam críticas às queimadas: “Esse povo fica limpando terreno e cometendo crime”, escreveu um deles. “O Brasil está a cem mil anos-luz de se tornar um país de pessoas educadas, e Roraima? Quando é que esse povo vai ter consciência?”, questionou outro.
Prejuízos
De acordo com Paulino, plantações de hortaliças, bananas e criações de animais para consumo também foram alvo das queimadas. “Em alguns lugares, carneiros foram carbonizados. Muitas pessoas tiveram prejuízos”, assegura.
tatu encontrado morto
pelo fogo (Foto: Adailton Paulino/Arquivo pessoal)
Os incêndios, segundo Paulino, começam pelos produtores que querem fazer suas roças e ‘renovar o pasto’, e se esquecem de fazer o aceiro, que é uma extensa abertura superficial no solo, ao contorno do mato seco, com o propósito de prevenir a passagem do fogo para a vegetação.
“Essa prevenção é muito importante, mas não há uma preocupação em se fazer os aceiros. Por isso, os incêndios ganham grandes proporções porque se espalham rápido, causando prejuízos ao próprio agricultor e ao terreno mais próximo”, explica.
Para atender a Vila Campos Novos, foram enviados mais de 40 membros do Prevfogo, seis veículos e duas aeronaves para impedir as queimadas nas serras da região.
“Conseguimos combater o fogo em algumas regiões onde se alastrava subitamente. Passamos mais de 20 dias nessa atividade, garantindo a segurança dos moradores da vila e evitando mais mortes de animais silvestres. Tenho a informação ainda de que equipes estão com mais fotos de bichos mortos”, revelou Paulino, ressaltando que há mais focos de incêndio na vila.
Fonte: G1