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VIDA TRANSFORMADA

Quebrando mitos: cadelinha com leishmaniose é adotada e viraliza no Instagram

16 de março de 2023
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Instagram

A Duda é um fenômeno no Instagram. Desde fevereiro, sua tutora, Patrícia Martins de Freitas, de 45 anos, administra uma conta na rede social para mostrar o dia a dia da cadelinha, contar a história dela e o principal: mostrar que a leishmaniose e as deficiências físicas não são empecilhos para uma vida feliz e saudável para um animal.

Os caminhos de Patrícia e Duda se cruzaram quando a cadela chegou na clínica em que a mulher atende como médica veterinária, na Região Oeste de Belo Horizonte. Dudinha tem leishmaniose, e, por causa da doença, precisou passar por cirurgias para remover os olhos e amputar as pontas das orelhas.

A antiga tutora do animal morreu e não tinha familiares que pudessem adotar a cadela. Apaixonada pela Duda, Patrícia decidiu abrigar a paciente temporariamente, até que alguém quisesse adotá-la. Porém, com a proximidade das duas, a veterinária resolveu incorporar Duda à sua família.

A ideia da conta no Instagram surgiu para mostrar o tratamento de Duda e como ela vive sendo uma paciente em tratamento de leishmaniose, mas Patrícia conta que não esperava que o conteúdo fosse atingir tantas pessoas. Em apenas uma semana, a dona conta que um vídeo publicado por ela chegou a 17 mil visualizações.

Foto: Reprodução | Instagram

A leishmaniose e a morte induzida

Por causa da falta de conhecimento sobre o assunto, muitos tutores de animais ainda insistem em usar a morte induzida como solçução para a leishmaniose. Porém, a veterinária destaca que a doença tem tratamento e, na maioria das vezes, possibilita que o cachorro viva com saúde, se for mantido sob tratamento contínuo.

Por meio de um comentário em um dos posts do Instagram da Duda, Patrícia afirmou: “A morte induzida não resolve o problema, porque o mosquito permanece no ambiente. A maioria das pessoas coloca outro animal no local, que vai acabar se contaminando e perpetuando o ciclo. Uma política pública de educação ensinando da prevenção seria mais eficaz que a da morte induzida. Milhares de animais são mortos todos os anos, às vezes, nem são positivos de verdade, e a doença só se espalha.”

Fonte: Estado de Minas

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