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Quando a foto acaba mal: aumentam mortes de animais em selfies

1 de março de 2016
4 min. de leitura
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Cobur Palmer/The Inquisitr – Tradução: Bruna Oliveira/ ANDA

O mundo ficou chocado recentemente com a notícia de turistas que tiravam selfies com um bebê golfinho. Eles tiraram-no da água e o passaram entre o grupo, o que teria ocasionado a morte do indefeso animal.

No entanto, nem todo ruído e repúdio que a notícia causou foi capaz de impedir outro grupo de turistas de matar um pavão em um jardim zoológico chinês. Os turistas invadiram o espaço que aprisionava o animal e arrancaram penas de seu corpo para levar como uma lembrança.

Foto: ecanadanow
Foto: ecanadanow

Especialistas afirmaram que a agressividade dos turistas foi o que ocasionou a morte do pavão por estresse e medo.

Autoridades não mantém o controle do número de animais mortos por turistas em suas selfies, mas grupos de direitos animais começaram a se manifestar contra a prática apontando que é insensível e prejudicial aos animais selvagens, disse um ativista australiano à ABC News.

Atualmente os turistas têm mais probabilidade de morrer durante selfies do que por ataques de tubarões. Entretanto, o número de animais mortos por pessoas egoístas procurando a foto perfeita também está em ascensão.

Apenas alguns dias depois da multidão de curiosos que matou o golfinho quando tirou-o do oceano para uma selfie, outro turista arrancou um tubarão da água e prendeu-o com força para que pudesse posar com o animal para uma foto.

Foto: yahoo.com
Foto: yahoo.com

Enquanto o tubarão lutava para se soltar, o homem segurou sua cabeça e cauda e o manteve afundado na areia, a fim de satisfazer o grupo que queria fotografá-lo e tirar selfies. Quando todos conseguiram a fotografia que queriam, o animal foi abandonado para morrer.

Outro turista tentou colocar o tubarão de volta no oceano, mas é claro que o animal não sobreviveu.

No ano passado, uma mulher que se auto-intitulou “veterinária do ano” matou um gato com uma flecha e postou a foto nas mídias sociais com a seguinte legenda : “ O único gato selvagem que é bom é aquele que tem uma flecha na sua cabeça.”

Kristen
Reprodução Facebook

Descobriu-se mais tarde que o animal não era selvagem, mas um gato doméstico chamado Tiger, e tinha como tutores um casal de idosos. A mulher foi demitida de seu trabalho na Clínica de Animais de Washington.

Em 2015, a World Animal Protection lançou uma campanha para alertar os turistas e afastá-los de programas que promovam o entretenimento animal especialmente na África, onde o fascínio de viajantes por com leões ajuda a promover e manter uma indústria cruel.

Filhotes de leão são separados de suas mães com apenas uma semana de vida para que turistas possam fazer retratos com eles. São dopados e ficam sob efeito de tranquilizantes. Quando os filhotes ficam mais velhos, participam de “passeios”, e os leões são posteriormente vendidos para instalações de caça.


Aprisionada em um zoológico, leoa fica visivelmente irritada com a presença de humanos e seus celulares

Na Tailândia, o fascínio dos turistas com o lêmure Slow Loris, que tem um olhar cativante e amendoado, levou a espécie em vias de extinção por causa do comércio como animal doméstico, de acordo com a RT EUA.

As pessoas são encorajadas a pensar que os animais selvagens são lindos e ficariam bem em uma foto, mas estes eles são arrastados para fora de seu habitat, com dentes e garras cortados, com seus olhos cegos pelos flashs das câmeras.

Em resposta ao comportamento chocante da fotografia egoísta que toma turistas, o PETA começou uma campanha para impedir que as pessoas possam prejudicar animais selvagens com seu desejo para a foto perfeita. Há também uma petição pedindo que as mídias sociais proíbam caçadores de publicar seus troféus aos meios de comunicação social.

Lembre-se: os animais não são nossos objetos para selfie. Não são brinquedos ou material de propaganda. Animais selvagens devem ser apreciados, mas deixados no habitat em que pertencem. Se houver qualquer risco de que sua foto vai machucar ou prejudicar um animal, não vale a pena.

 

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