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CRISE

Protetores relatam dificuldades em cuidar de animais abandonados

23 de dezembro de 2021
Yasmin Casal I Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Protetores e voluntários de organizações em defesa dos animais afirmam que com a chegada do fim do ano as doações estão diminuindo e o custo de acolher cães e gatos encontrados em situação de maus-tratos e abandono está se tornando cada vez mais pesado. Eles pontuam que as despesas são muitas, como ração de qualidade, atendimento veterinário, castrações e materiais de limpeza.

A protetora Mariana Carla disse em entrevista ao G1 que precisa tirar dinheiro do seu próprio sustento para ajudar os animais. “Sou uma pessoa comum que trabalha e tem família, mas resolvi participar de um projeto beneficente ao ver o sofrimento dos animais nas ruas, principalmente gatinhos aos quais eu era até preconceituosa”, disse ao G1.

Ela afirma ainda que sente falta do apoio público e lamenta que os animais estejam desamparados. “Os animais de rua se forem atropelados ou estiverem passando fome, sede, com qualquer problema o Samu não vai buscar igual um ser humano. Eles não têm um hospital público veterinário, dependem somente de nós”, salienta a protetora.

Gian Oliveira também tem enfrentado dificuldades para manter a ONG Arca da Vida de pé, em Luzimangues, no distrito de Porto Nacional (TO). “Tem 35 gatos no quintal, que é o gatil. Os cães ficam dentro da casa e os gatos no quintal. São 65 animais, porque é o que eu consigo. Não tenho voluntários, cuido sozinha”, disse a voluntária.

Além disso, ela chega a gastar mais de dois mil reais para manter os animais. Segundo ela, o que tem ajudado são coisas de bazar que ela posta nas redes sociais. Recentemente, ela fez uma parceria com a ONG Amiguinhos de 4 Patas, que cuida de quase 200 animais, para realizar um evento beneficente.

“Esses animais sofrem muito. Sofrem abandono, sofrem maus-tratos, a fome, o frio porque as pessoas abandonam. Falam assim eu não quero mais e simplesmente descartam”, disse Luiza Negri. E complemento: “Por favor, não abandone. Se não puder criar não pegue, mas se pegar tenha responsabilidade de cuidar”, apelou a protetora.

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