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OPINIÃO

Propostas em defesa dos direitos animais devem pesar na escolha do novo presidente da França

22 de fevereiro de 2022
Thayanne Magalhães
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração l Pixabay

Os eleitores da França devem levar em conta a defesa dos animais durante as eleições presidenciais do país, que acontecem abril. Os franceses vãos às urnas em meio ao debate sobre medidas restritivas à caça na França, após a morte de uma jovem no sábado (19) com uma bala perdida de uma caçadora menor de idade.

“Os animais vão pesar” na balança na hora do voto, de acordo com Le Parisien, que revela uma pesquisa feita pela fundação Brigitte Bardot indicando que 86% dos franceses querem que os candidatos às presidenciais se posicionem sobre os direitos dos animais. A metade dos eleitores também afirma que a posição dos concorrentes ao Eliseu sobre o assunto poderia influenciar o voto.

Fortalecida pelo impacto midiático de seu combate, a associação de defesa dos animais L214 até criou um site (politique-animal.fr) para avaliar cada candidato de acordo com seu engajamento sobre a questão, as declarações feitas no passado e com as promessas de campanha.

De acordo com o jornal, alguns candidatos não perderam tempo e posaram ao lado de seus animais domésticos, o ecologista Yannick Jadot com sua gata e a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, com seus seis gatos. Já o atual presidente, Emmanuel Macron, marcou pontos com o eleitorado ao adotar, no início do mandato, um cachorro sem raça definida.

O jornal lembra que os candidatos terão de se posicionar sobre o espinhoso tema da caça, em meio ao debate nacional sobre limitação da atividade. No sábado, uma jovem que fazia uma trilha em um parque morreu atingida por uma bala disparada por uma caçadora de apenas 17 anos, causando comoção na França.

Os candidatos terão de enfrentar o poderoso lobby da caça, diz Le Parisien, muito próximo ao meio rural. Na França, um milhão de pessoas têm permissão para caçar.

Animais são capazes de sentir dor, tristeza e medo. Caçar animais não deve ser visto como prática esportiva, mas um ato de crueldade e crime.

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