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Projeto de preservação recupera vida marinha no Nordeste

12 de junho de 2014
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A luta pela preservação de 413 mil hectares em uma faixa que abrange três municípios em Pernambuco e oito em Alagoas garante a manutenção da vida de mais de 185 espécies de peixes registradas e a presença de animais em risco de extinção, como a tartaruga e o peixe-boi-marinho. Com o nome de Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, o projeto trabalha pela conservação dos recifes de corais, a proteção das áreas de manguezais e a preservação do habitat de animais em risco de extinção, como a tartaruga e o peixe-boi-marinho. O projeto também tem tornado as comunidades locais autossustentáveis.

Em uma visita à área de preservação saindo de catamarã de Tamandaré, em Pernambuco, em um dia de maré mínima (entre 0,1m e 0,2 m de altura), é possível observar os recifes de corais, com a água transparente na altura dos joelhos. A natureza é exuberante.

Idealização da Fundação Toyota do Brasil, as ações realizadas pelo APA Costa dos Corais também contam com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Fundação SOS Mata Atlântica. A Fundação Toyota completa em 2014 5 anos de existência no Brasil. Ao Terra, o presidente da montadora na América Latina e Caribe, Steve Angelo, garantiu investimentos na Costa dos Corais por pelo menos mais 10 anos. “Isso é o paraíso. É nosso dever e missão conservar”, afirmou.

Um dos desafios do projeto é despertar a conscientização da população local sobre a necessidade da recuperação de um dos ambientes recifais mais importantes do mundo. Segundo Paulo Roberto Correa de Sousa Junior, chefe regional da APA, uma das principais metas do projeto é tornar as comunidades econômica e socialmente autossustentáveis e, ao mesmo tempo, aumentar a conscientização sobre a necessidade de conservar parte importante do bioma brasileiro. “Todo resultado só é possível por meio do apoio aos diversos programas desenvolvidos, que contemplam monitoramento, fiscalização, uso público e gestão socioambiental”, explica Paulo Roberto.

Para as ações de preservação e as questões socioeconômicas, como o turismo de baixo impacto ambiental, o APA Costa dos Corais incentiva as manifestações culturais locais. “A formação socioambiental das comunidades costeiras é um trabalho fundamental. (…) Uma vez conscientes sobre a importância dos recursos naturais e seu esgotamento, iremos utilizá-los de forma mais ordenada e responsável”, afirma Ricardo Bastos, diretor-presidente da Fundação Toyota do Brasil.

A guerra pela preservação envolve os moradores locais e conta com a formação de cooperativas e entidades regionais. Em Tamandaré, por exemplo, a Cooperativa Náutica Ambiental promove o turismo com a observação marinha. Com o apoio de pescadores, estudantes e mergulhadores desenvolve a atividade, que é a principal fonte de renda para os cerca de 195 mil habitantes da região.

Fonte: Terra

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