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Presidente de ONG protetora de animais tem cadelinha sequestrada em SP

20 de agosto de 2015
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Cadela de presidente de ONG de proteção a animais é sequestrada em SP (Foto: ONG Cão Sem Dono/Divulgação)
Cadela de presidente de ONG de proteção a animais é sequestrada em SP (Foto: ONG Cão Sem Dono/Divulgação)

Uma cadelinha foi sequestrada no Jardim Vergueiro, na Zona Sul de São Paulo, na casa de Rafael Miranda, presidente da ONG “Cão Sem Dono”. Princesa foi levada na terça-feira da última semana (11) e ainda não foi localizada.
Miranda trabalha resgatando animais e sua ONG mantém um sítio em Itapecerica da Serra com cerca de trezentos cachorros. Mas quando chegou em casa no dia 11, viu que a casa havia sido invadida e que os bandidos haviam levado Princesa, cachorrinha da raça maltês.
Além de Princesa, foram levados equipamentos estimados em um total de 10 mil reais que pertenciam à ONG, cujo escritório ficava na casa de Miranda. Foram levados dois notebooks, um computador, duas televisões, aparelhos de DVD e um gerador de energia de quase 6 mil reais, que seria levado para o sítio.
“Minha filha menor é a que sente mais falta, porque dormia com a cachorra. Por mais que a gente fale que foi sequestrada, não entra na cabecinha dela”, conta Miranda. Bianca fez seis anos no dia seguinte ao sequestro. Por causa da situação, não chegou a ter festa de aniversário. Ela gravou um vídeo pedindo que a Princesa voltasse e teve mais de 20 mil visualizações no Facebook da ONG.
A família já foi até a região norte da Grande São Paulo, em Francisco Morato, seguindo uma pista sobre a localização da cadela. “Minha esposa fica alucinada, toda informação que tem ela vai atrás. Ela está se pegando a essa esperança e toda a vez que damos com a cara na porta fica muito frustrada”, conta o presidente. A última informação que receberam é de que Princesa foi vista em Guarulhos.
“Pegamos a Princesa filhote, com dois meses. Agora ela já está com um ano e dois meses. Ela deve estar sofrendo para caramba. É muito assustada, comia ração especial, dormia na cama. A esperança e que algum vizinho ou um pet shop dê alguma luz para podermos recuperá-la”, disse.
Não é só a família que está sofrendo com a perda da cadela. “Temos outra cachorra, que é a Juju. As duas ficavam juntas o dia todo. A Juju é cega e hoje ela fica tentando cheirar para achar a outra cachorra. Não entende o que aconteceu”.
Crime
A casa de Rafael Miranda foi invadida na tarde de 11 de agosto, quando a residência estava vazia. O caso foi registrado no 26º DP do Sacomã.
Para Vicente Define, funcionário da ONG que trabalha no local, os bandidos conheciam a movimentação da família “Certamente estavam de olho”, disse. “Os vizinhos não viram absolutamente nada. Entraram com o carro dentro da garagem e carregaram tranquilamente. Quem passava na rua não via por causa do portão de madeira, que eles arrombaram”.
“É um alerta para as pessoas que tem cães de raça, porque a onda de sequestro desses animais esta muito frequente”, acrescenta Define. “Fazemos tudo com muita dificuldade na ONG. Mas a preocupação maior é com a cachorrinha. Os bens matérias a gente compra. Mas a vida de um cachorro, para nos que trabalhamos com isso, vale mais do que qualquer coisa.”
Fonte: G1
Nota da Redação: Esse é apenas mais um caso que poderia ser evitado se animais não fossem tratados como objetos. O simples fato de tipificar como “animal de raça” mostra um pensamento especista, um critério de valorização, que fica acima do mais importante em jogo: uma vida.

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