A Mata Atlântica, embora tenha apenas uma área de menos de 150 mil quilômetros quadrados de extensão em todo o País, é um dos mais ricos biomas do mundo (abriga cerca de 15.700 espécies de plantas ou 28% da flora do Brasil) e aproximadamente 2.168 espécies de vertebrados (31% da fauna brasileira).
O Projeto Muriqui de Carbono Florestal, uma parceria entre a Sociedade para a Preservação do Muriqui, a Conservação Internacional – Brasil e a Citi Foudantion, quer promover a restauração florestal no Leste de Minas Gerais, visando engajar os proprietários rurais na defesa desta riqueza nacional.
A intenção do projeto é realizar ações de restauração desta floresta única, especificamente na região da bacia do rio Manhuaçu, com potencial de geração de ativos de carbono a serem comercializados futuramente no mercado voluntário.
Coordenada pela Sociedade para a Preservação do Muriqui (Preserve-Muriqui), ela será implementada em área tradicionalmente voltada à produção de café e leite. O principal do projeto é a região entre duas importantes Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN): a Feliciano Miguel Abdala e a Mata do Sossego, ou seja, a ideia é restaurar a Mata Atlântica em terras privadas, na medida do interesse dos proprietários. Visa-se, particularmente, áreas com a presença de nascentes, margens de rios e córregos e trechos necessários à recomposição de reservas legais.
Ao fazer isto, o projeto estará contribuindo para conservar e expandir o habitat natural de espécies endêmicas (só encontradas neste local), caso do muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), o maior primata das Américas, criticamente em perigo de extinção.
De acordo com Lucio Bedê, gerente técnico do programa Mata Atlântica da CI – Brasil, essa é uma grande oportunidade para que os proprietários rurais da região recomponham florestas em suas propriedades, na medida do seu próprio interesse. “Ao fazer isto eles estarão ainda assegurando a conservação de serviços ambientais prestados pelas florestas, essenciais ao bem-estar humano. Os produtores rurais, mais do que ninguém, entendem a importância das florestas para a proteção da água que utilizam para a polinização de lavouras como o café, para o fornecimento de tantos recursos que lhes são caros”, conclui.
Para conhecer mais sobre a Preserve Muriqui, visite: www.preservemuriqui.org.br
Fonte: EPTV