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A preguiça nas redes sociais e os animais em segundo plano

10 de março de 2014
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Frequentemente, no Ensino Médio, ouvia de professores que o aluno tinha preguiça de pensar. Mas durante todo meu tempo de aulas e até mesmo durante a faculdade, quase nenhum professor desafiou esse lema com seus alunos.
Seguiu-se essa ideia com bastante afinco e parece que no Brasil é interessante agir e até sentir um certo prazer em viver nessa preguiça de nada saber, em não precisar ir além. Em ter tudo cristalizado na mente, e chamar isso de ‘suas ideias’.
Quando um homem conhece uma mulher, se ela tem opiniões muito diferentes, ele se assusta. Se é ele que pensa demais, ela sai correndo… Todo mundo se acha o máximo das ideias, mas quando se conhece alguém que, de fato, tem conteúdo, aquela pessoa é ‘o inteligente’, ‘o estranho’, ‘quem-é-que-entende-a-fulana?’, como se pensar fosse coisa para pessoas de outro planeta. Denotando que aqui só sobram assuntos como futebol, mulher, carro e cerveja, e que pensar pode ser perigoso demais…
O ápice disso tenho encontrado nas redes sociais, dentro da causa animal. Muita gente entrou ontem nessa causa. Ainda não sabemos se essas pessoas entraram para ajudar ou para atrapalhar. Se estão nos nossos grupos para aprender de verdade ou para espionar, trollar ou apenas encher o saco. Como acontece em outras causas pelas quais batalho.
O fato é que temos encontrado pessoas despreparadas, cheias de preconceitos, disseminando coisas erradas, informações incorretas, ausência de informações, muita irritabilidade por falta de entendimento, e de leitura. E muita falta de interpretação de texto. E isso é uma lástima porque a maioria das relações entre as pessoas nosso meio são feitas pela Internet, e assim é que deve ser, num mundo cada vez mais prático como este.
E, no meio desse mar, há corajosos que, voluntariamente, estão ali no meio por que não fazem o jogo, e querem plantar sua ideia! Como professora, além de outras profissões que tenho, meu desafio é estimular a busca pelo conhecimento. Não basta apenas ver. A sociedade hoje se reduziu apenas a ver, e vê muito mal.
Não consegue entender um título, porque não lê além dele. Não consegue entender uma palavra, porque não sai da página onde está, porque não conhece outras fontes. Há casos onde se chega a absurdos que viram piadas, e tudo isso se passa com pessoas que estudaram, supostamente.
Para que se leve a sério o que queremos defender, os animais, precisamos passar por essa barreira que é conhecer mais além. Precisamos derrubar a barreira da ignorância, precisamos sim ser menos torpes.
Quando se passam materiais para ser lidos, geralmente esses materiais são completamente ignorados. Porque as pessoas tendem a não ver links e arquivos de textos. Elas só querem ver fotos.
Se você se acha o ‘pit bull’ das redes sociais, xinga todo mundo, que vai vir aqui me xingar e fazer aqueles textos maiores que o meu, aqui vai minha dica – não faça meu jogo, não seja manipulado. Leia mais, estude, veja além das aparências, das entrelinhas e não só, perceba também o que está estampado na cara das letras.
Nossa língua é importante, entenda-a antes de tudo. Leia mais, pesquise mais, apaixone-se pelas pequenas coisas. Estamos muito apegados e afoitos. Faça da rede social algo realmente social, em benefício dos animais, que devem ser o nosso objetivo principal.

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