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Prefeitura não supre demanda de castração de cães do município de Ponta Grossa (PR)

22 de setembro de 2010
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Aumento de cirurgias diminuiria a grande população animal (Foto: Reprodução/Portal Comunitário)

Estima-se que em Ponta Grossa (RS) existam cerca de 75.000 animais, e muitos deles nas ruas. Para diminuir esse número, a Prefeitura recolhe os animais e os abriga temporariamente no Canil Municipal, após uma cirurgia de castração. Em seguida, o cão é devolvido às ruas para que o espaço no Canil seja liberado para outros animais. Mas as medidas municipais para resolver esse problema têm se mostrado insuficientes. Para o Grupo Fauna, a solução seria a criação de uma clínica veterinária pública.

O contrato anual entre a Prefeitura e uma clínica veterinária conveniada garante ao Centro de Zoonoses 40 castrações por mês. Esse número é insuficiente se comparado à quantidade de animais nas ruas.

Existem mais de mil cães abandonados em Ponta Grossa. Mesmo não sendo o órgão responsável, o Grupo Fauna, organização não governamental em defesa dos animais, realiza também, juntamente com duas clínicas parceiras e uma faculdade particular, aproximadamente 40 castrações por mês.

“Para que possamos aumentar a quantidade de castrações, é essencial que a capacidade do Canil Municipal também aumente”, afirma o gerente do centro de Zoonoses, Leandro Inglês.

Para o Grupo Fauna, são necessárias políticas públicas específicas (Foto: Reprodução/Portal Comunitário)

Atualmente, o Canil suporta 40 animais e funciona como um abrigo temporário para os cães recém-castrados. Após a cirurgia, o animal recolhido permanece no Canil de 7 a 10 dias para a cicatrização e retirada dos pontos. Em seguida, é devolvido às ruas.

Para a integrante do Grupo Fauna e colunista da ANDA, Andresa Jacobs, essas medidas não são suficientes para resolver a situação do município. Apesar de realizar mais cirurgias que a Prefeitura, o Grupo Fauna não recolhe animais das ruas para castração.

Os animais castrados pela ONG são apenas aqueles já encaminhados para adoção.

Segundo Andresa, a solução para o grande número de animais nas ruas seria a criação de uma clínica veterinária pública. Além disso, a ONG defende a garantia de um número de cirurgias de esterilização de cães e gatos suficiente para a redução da população animal.

“Somente um serviço público permanente, integrando educação, informação, identificação de animais e seus tutores, fiscalização, punição e esterilização em massa  pode resolver a problemática de forma ética e eficaz”, declara Andresa.

Fonte: Portal Comunitário

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