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Polícia investiga casos de cães com suspeita de intoxicação após consumo de petiscos também em Goiás

Investigação do caso começou em Minas Gerais, onde foram registradas ao menos oito mortes no estado. Grupo Petz, onde alguns dos tutores compraram os petiscos, enviou e-mail aos clientes orientando que rótulos investigados não sejam dados aos cães.

4 de setembro de 2022
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A Polícia Civil investiga casos de cães com suspeita de intoxicação após o consumo de petiscos com suspeita de contaminação em Goiás. De acordo com a delegada Simelli Lemes, os casos já relatados e possíveis novos casos serão apurados pela Delegacia do Consumidor.

“Os tutores que tiverem com situação semelhante podem agendar um horário na delegacia que vão ser incluídos na mesma investigação, relativa a essa relação de consumo desse petisco à venda”, disse.

Em nota publicada no site da empresa, a fabricante Bassar Pet Food informou que interrompeu a produção de seus produtos até que “sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos” (veja nota completa ao fim da reportagem).

A Bassar também ressaltou que está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e de seu maquinário. Além disso, ainda destacou que a companhia está recolhendo os lotes de duas linhas de alimento de forma preventiva.

Simelli explica que, até agora, se teve conhecimento sobre dois casos de intoxicação em Goiás até o momento, sendo que apenas um deles foi registrado. O registro foi realizado na sexta-feira (2) e é referente ao caso do cachorrinho Teodoro, que é do tutor Arthur Guerra Garcia.

Ele explicou que, após consumir o petisco no dia 12 de agosto, seus dois animais começaram a passar mal. Horas depois de comer o petisco, a cadela Maitê apresentou vômitos e, no dia seguinte, foi a vez de Teodoro, que foi o que acabou mais debilitado.

Arthur explica que o animal amanheceu fraco, com uma sede intensa e dificuldade para andar. Após a realização de exames laboratoriais, foi diagnosticada uma deficiência renal aguda no cão.

“Ele está extremamente debilitado, mas acreditamos que vai dar tudo certo e que ele vai voltar a ser o cãozinho que sempre foi”, disse Arthur.

O animal permanece internado e está com lesões renais. Quanto ao outro caso relatado pela delegada, não foram explicados detalhes sobre a saúde do animal.

2 de 3 Cachorro teve insuficiência renal após consumo de petiscos, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Petiscos com suspeita de contaminação

Até o momento, os produtos com suspeita de substâncias tóxicas são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). Na sexta-feira (2), o Ministério da Agricultura interditou uma fábrica da empresa Bassar e determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos em razão da suspeita de contaminação.

Sintomas de intoxicação

A médica veterinária Moara Gomes Lopes explica que os principais sintomas que indicam intoxicação aguda são:

  • Vômito;
  • Salivação excessiva;
  • Incoordenação motora;
  • Diarreia;

Já para intoxicações mais crônicas, quando o animal ingere pequenas porções ao longo de dias, ela explica que eles também podem apresentar também falta de apetite e alterações de comportamento.

Ela ainda aponta que os sintomas apresentados vão depender da toxicidade e da quantidade da substância ingerida, podendo levar à insuficiência renal – como no caso de Teodoro – e hepáticas, pancreatite e até morte súbita.

Nota da fábrica Bassar na íntegra

“A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.

De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.

A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.

Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.

A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail [email protected]

Fonte: g1

 

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